A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nomeou o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, como seu próximo secretário-geral nesta quarta-feira, 26, colocando Rutte no comando da maior organização de segurança do mundo em um momento crítico para a segurança europeia, enquanto a guerra na Ucrânia continua.
A nomeação de Rutte foi oficializada pelos embaixadores da Otan durante uma reunião na sede da aliança de 32 nações em Bruxelas. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seus homólogos irão recebê-lo formalmente à mesa durante uma cúpula em Washington de 9 a 11 de julho.
O primeiro-ministro holandês assumirá o cargo do atual secretário-geral, Jens Stoltenberg, da Noruega, em 1º de outubro. Stoltenberg esteve à frente da Otan por mais de uma década. Seu mandato foi repetidamente estendido, em parte para fornecer continuidade ao trabalho após a Rússia invadir a Ucrânia em 2022.
“Recebo calorosamente a escolha dos aliados da Otan de Mark Rutte como meu sucessor,” disse Stoltenberg. “Mark é um verdadeiro transatlanticista, um líder forte e um construtor de consenso. Desejo-lhe todo o sucesso enquanto continuamos a fortalecer a Otan para os desafios de hoje e de amanhã. Sei que estou deixando a Otan em boas mãos,” acrescentou.
Os secretários-gerais presidem reuniões e orientam consultas muitas vezes delicadas entre os países-membros para garantir que a organização, que opera por consenso, possa funcionar sem problemas. O líder da Otan também garante que as decisões sejam colocadas em prática e fala em nome de todos os membros.
Vários obstáculos estavam no caminho de Rutte para garantir o cargo, embora ele tivesse o apoio da Casa Branca e da maioria dos outros grandes países-membros, incluindo a Alemanha. Ele emergiu como o único candidato depois que o presidente romeno Klaus Iohannis retirou sua candidatura na semana passada.
A Hungria retirou suas objeções no início deste mês, uma vez que Rutte concordou que Budapeste não seria obrigada no futuro a enviar pessoal ou fornecer fundos para um novo plano de apoio à Ucrânia. A decisão unânime da Otan dá a qualquer membro o poder de veto sobre projetos e operações. A Turquia também havia manifestado oposição à candidatura de Rutte, mas retirou suas objeções em abril.
Por Redação O Estado de S. Paulo
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