O ex-ministro da Fazenda Pedro Malan disse nesta quarta-feira, 6, em um evento promovido pela RB Investimentos, que o grande calcanhar de Aquiles da economia brasileira é o regime fiscal. O que precisa ser perguntado, de acordo com o ex-ministro, é como vai funcionar o arcabouço fiscal que se propôs, corretamente, ter uma trajetória de primário para 2024, 2025 e 2026.
“Vai ser muito difícil alcançá-la, porque ela está fundamentalmente tendo que lidar com um fenômeno de expansão de gastos já contratados e com as dificuldades de ter um aumento de receitas numa magnitude significativa a ser alcançada. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad está fazendo o melhor de seus esforços, devo reconhecer isso, para mostrar que é possível”, disse Malan, acrescentando que foi correta a decisão do ministro de não mudar a meta.
No entanto, de acordo com o ex-ministro, no começo de 2024 haverá o relatório bimensal do Tesouro Nacional mostrando como evoluiu no primeiro bimestre seu resultado. O relatório se repetirá pelos cinco bimestre subsequentes e, dependendo dos resultados, de acordo com Malan, o Ministério da Fazenda terá que refazer suas projeções.
Malan também expôs durante o evento da RB Investimentos que é bem possível que o Brasil terá que fazer uma nova reforma da Previdência por volta de 2030, já que o número de trabalhadores da ativa que hoje sustenta o contingente de aposentados está diminuindo.
Por Francisco Carlos de Assis
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