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Investidor por trás de Softbank e Shein cria fundo de US$ 500 mi

O investidor Marcelo Claure – o nome por trás da vinda da rede chinesa de moda Shein para a América Latina e que também trouxe o grupo japonês Softbank para a região – criou um fundo que deve chegar a US$ 500 milhões para investir em empresas. Desse total, US$ 440 milhões já estão assegurados, com recursos dele e de outros investidores, incluindo o Mubadala (fundo soberano de Abu Dhabi) – e o foco será 100% na América Latina.

Não há um volume específico destinado para cada país da região, vai depender das oportunidades em cada um, mas Claure disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o Brasil sempre acaba ficando com algo como 70% a 80% dos recursos de fundos para a América Latina. No Softbank, ficou com uma fatia de 65% a 70%.

“Pelo tamanho do mercado e pela quantidade de empreendedores que tem no Brasil, sempre acaba sendo o mercado mais importante. É um país muito digital”, disse Claure, citando que os brasileiros sempre são ávidos por adotar novas tecnologias.

Ele cita o exemplo de outras empresas como Uber e Netflix e agora, com sua experiência na Shein, ressalta que é visível o rápido interesse dos brasileiros por tecnologia.

O fundo faz parte da Bicycle Capital, a nova gestora que aposta em empresas com potencial de crescimento (“growth equity”), que tem no comando Claure e o investidor Shu Nyatta, este também ex-Softbank. Segundo Claure, com o aporte inicial de US$ 500 milhões o fundo é o maior do gênero desde a correção do mercado em 2022 – que azedou a vida das empresas de tecnologia e afastou investidores.

Em janeiro deste ano, Claure investiu US$ 100 milhões na Shein, onde é o presidente do conselho na América Latina. É também ex-CEO do Softbank, onde lançou os dois fundos para América Latina. Ele deixou o grupo japonês no ano passado, alegando insatisfação com sua remuneração.

BTG

O fundo também será distribuído a investidores no Brasil por meio da plataforma de produtos de investimento do BTG Pactual.

Claure contou que este tipo de carteira normalmente é acessível somente a grandes investidores, em sua maior parte institucionais, com altos valores, mas resolveu abrir sua nova empreitada para o varejo.

Os valores mínimos e condições de investimento vão ser definidos pelo banco brasileiro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Altamiro Silva Junior

Estadão Conteúdo

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