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Governo de MG e MP notificam Vale a adotar medidas preventivas em 18 barragens

O governo de Minas Gerais e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) decidiram notificar nesta quarta-feira, 19, a mineradora Vale para que a empresa adote medidas preventivas em 18 barragens, todas elas com algum nível de emergência declarado em Minas Gerais. Com as fortes chuvas de dezembro e janeiro, o governo estadual e o MPMG notificaram as mineradoras Vale, Arcelor Mittal e Minérios Nacional S/A para que prestassem informações sobre as condições de suas estruturas. Com base nas informações, foram identificadas as 18 estruturas com “ocorrências”, todas da Vale.

De acordo com o ofício, a Vale terá o prazo de dez dias para detalhar o cronograma das ações a serem adotadas nessas barragens, como mitigar processos erosivos no entorno das estruturas e fazer a limpeza dos sistemas de drenagem interna, além de reduzir a contribuição pluvial da bacia de drenagem para o reservatório.

Das 18 estruturas que deverão passar por intervenções, três estão em nível 3 de emergência, classificação de situação de “ruptura iminente ou em curso”. São as barragens Sul Superior, B3/B4 e Forquilha III.

Apesar do nível emergencial, elas não sofreram danos diretos pelas chuvas, apenas dificuldades de acesso pela empresa.

Para essas barragens, as notificações solicitam medidas para o tratamento dos processos erosivos nos entornos e para a garantia da manutenção das estruturas.

Outro lado

A Vale informou em nota que avaliará o teor da notificação enviada pelo governo de Minas Gerais e do Ministério Público. A empresa ressalta que as estruturas em nível de emergência 3, classificação de situação de “ruptura iminente ou em curso”, já são normalmente acessadas apenas por equipamentos remotos e não apresentam alteração estrutural.

“As três barragens já tiveram suas respectivas contenções finalizadas e as comunidades da Zonas de Autossalvamento (ZAS) evacuadas desde 2019”, informou a Vale. “As equipes técnicas fazem neste momento uma avaliação aprofundada para conduzir as melhorias necessárias nas estruturas.”

Por Bruno Villas Bôas

Estadão Conteúdo

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