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Bolsas de NY fecham em alta, observando Ômicron e aguardando inflação nos EUA

As bolsas de Nova York fecharam em alta, em sessão volátil, depois dos fortes avanços recentes impulsionados por menor temor com a variante Ômicron do coronavírus. Investidores aguardam a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de novembro nos Estados Unidos na sexta-feira, o que deve apresentar um quadro da inflação no país a ser repercutido na política monetária do Federal Reserve (Fed).

O índice Dow Jones subiu 0,10%, a 35754,75 pontos, o S&P 500 avançou 0,31%, a 4701,21 pontos, e o Nasdaq fechou em alta de 0,64%, a 15786,99 pontos.

Edward Moya, analista da Oanda aponta que hoje as ações nos EUA “entraram em modo de espera para ver o relatório de inflação de sexta-feira, que pode alimentar mais apostas de aumento das taxas de juros pelo Fed”. No início da manhã, os papéis receberam impulso depois que um novo estudo mostrou que o reforço da vacina da Pfizer fornece proteção contra a Ômicron, aponta Moya. Os papéis da empresa caíram 0,62%. Por sua vez, ao longo do dia, novas restrições foram impostas na Europa, incluindo no Reino Unido onde o primeiro-ministro Boris Johnson afirmou que a nova cepa vem se espalhando maia rapidamente que a delta.

Projetando 2022, a LPL Financial “espera um sólido crescimento econômico e de lucros para ajudar as ações dos EUA a obterem ganhos adicionais no próximo ano”. Para a consultoria, o S&P 500 poderia ser razoavelmente avaliado em 5 mil a 5.100 pontos no final de 2022. Além disso, os analistas da consultoria favorecem os EUA em relação a outros mercados desenvolvidos, e as ações de setores cíclicos em relação aos defensivos.

Hoje, a Apple subiu 2,28%, apesar de informações sobre paralisação na produção por falta de componentes. Para Moya, a indicação é de que a empresa “continuará sendo uma posição chave para muitos investidores, especialmente agora que sua capitalização de mercado está se aproximando de US$ 3 trilhões”. A Tesla teve alta de 1,64%, em dia no qual o presidente Joe Biden assinou um decreto relativo às metas para a transição verde nos EUA. Dentro do objetivo mais abrangente de zerar as emissões de carbono até 2050, uma série de intenções relativas à adoção de veículos elétricos nas próximas décadas constam no documento. O papel da Rivian, destaque recente no setor, teve ganho de 5,11%.

Por Matheus Andrade

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Estadão Conteúdo

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