O Banco Central do México (Banxico) elevou a taxa básica de juros do país nesta quinta-feira de 4,50% para 4,75% ao ano. A decisão, contudo, não foi unânime. Houve quatro votos a favor do aperto monetário e um contra. O dirigente que divergiu da maioria defendeu a manutenção dos juros.
Segundo o Banxico, embora os choques que afetam a inflação sejam considerados transitórios, podem implicar riscos para a formação de preços e para as expectativas inflacionárias.
“Para evitar esses riscos, considerou-se necessário fortalecer a orientação monetária, ajustando-a à trajetória necessária para que a inflação convirja para sua meta de 3% no horizonte de projeção”, diz o comunicado do BC mexicano.
No documento, o Banxico destaca que a inflação global continuou a subir devido a pressões sobre os preços das commodities, efeitos de base comparativa e gargalos na produção.
“A atividade econômica global continuou a se recuperar, embora em ritmo mais lento e com heterogeneidade entre os países, devido à disponibilidade de vacinas, à evolução da pandemia e ao estímulo aos gastos”, ressalta o comunicado.
Para as próximas decisões de política monetária, o Banxico diz que avaliará os fatores que afetam a “trajetória projetada” para a inflação e suas expectativas.
Por Iander Porcella
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