Vale e siderúrgicas disparam com alívio na China

As ações da Vale (VALE3) e de siderúrgicas se destacam na ponta positiva do Ibovespa em quarta-feira (22) de ganhos do setor em todo o mundo diante de alta de commodities metálicas, refletindo o alívio de temores de crise de liquidez da Evergrande, a gigante do setor imobiliário da China.

O que animou investidores foi a informação de que uma subsidiária da Evergrande pagará dentro do prazo os juros de uma emissão de títulos na quinta-feira (23). Além disso, agências de notícias apontam também que o governo chinês pode reestruturar a incorporadora e transformá-la em estatal.

Na volta do feriado chinês, a cotação do minério de ferro disparou 16,8% no porto de Qingdao, na China, para US$ 108,70 a tonelada. Desde as máximas recentes, o metal já caiu cerca de 50% em meio aos esforços do país em conter a produção de aço e segurar o avanço do nível geral de preços.

Perto do fim da manhã, as ações da Vale subiam 4% na B3, enquanto os papéis de Usiminas (USIM5), Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3) avançavam, respectivamente, 8,5%, 6,7%, 3,3%. No mesmo instante, o Ibovespa tinha alta de 2%, aos 112.425 pontos.

Vale

Mesmo com a queda recente, a Vale continua figurando entre as ações mais indicadas pelos analistas. A mineradora se tornou estruturalmente uma pagadora de dividendos em montante respeitável. A sua política de distribuição de proventos estabelece que 30% do valor gerado no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no semestre, descontado dos investimentos necessários, sejam distribuídos como proventos mínimos do período, mecanismo reativado no ano passado que dá maior previsibilidade aos acionistas.

A companhia realiza o pagamento de dividendos em dois blocos – um lote em março e outro em setembro, sempre considerando o resultado obtido no semestre anterior.

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