Internacional

FMI estima que Brasil só voltará a ter superávit primário em 2024

O Fundo Monetário Internacional prevê que o déficit primário como proporção do Produto Interno Bruto no Brasil deverá alcançar 1,7% neste ano, baixará para 1,0% em 2022 e cairá para 0,3% em 2023. Assim, o País voltará a registrar superávit primário em 2024, quando exibirá um resultado positivo de 0,2% do PIB. Na mesma base de comparação, essa métrica subirá para 0,7% em 2025 e atingirá 1,2% em 2026. As estimativas fazem parte da conclusão das consultas do conselho executivo do FMI ao Brasil no âmbito do capítulo 4.

O Fundo não detalha como ocorrerá esta evolução das contas públicas, embora destaque que o PIB do País deve avançar 1,9% no próximo ano, 2,0% em 2023 e apresentará alta constante de 2,1% de 2024 a 2026.

O FMI aponta que o déficit nominal do Brasil, como proporção do PIB, deve subir de 6,3% em 2021 para 6,9% no próximo ano, mas deve começar uma leva trajetória anual declinante. Em 2023, o indicador deverá atingir 6,2%, baixará para 5,7% em 2024, chegará a 5,2% em 2025 e recuará para 4,8% em 2026.

Na avaliação do Fundo, a dívida pública bruta deve baixar de 98,9% do PIB em 2020 para 91,6% neste ano, recuará para 90,9% em 2022, mas subirá para 91,7% em 2023. De acordo com o Fundo, a partir de 2024 este indicador ficará praticamente estável, pois naquele ano chegará a 92,0% do Produto Interno Bruto, subirá um pouco para 92,1% em 2025 e voltará para 92,0% em 2026.

Por outro lado, o FMI avalia que a dívida pública líquida, como proporção do PIB, terá uma trajetória ascendente de 2020 a 2026. O Fundo estima que o indicador deverá aumentar de 62,7% no ano passado para 63,9% em 2021, avançará para 66,4% em 2022 e atingirá 69,4% em 2023. Para 2024, a instituição multilateral prevê 71,8%, que subirá para 72,6% em 2025 e registrará 74,6% em 2026.

Já para a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), o Brasil sairá de 88,8% do PIB em 2020 para 82,6% em 2021, cedendo de novo, a 81,8% em 2022. Depois, alta a 83,2% em 2023 e 84,0% em 2024, nova baixa, a 83,6%, em 2025 e novo aumento, a 84,5%, em 2025.

Por Ricardo Leopoldo

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Estadão Conteúdo

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