Fundos Imobiliários

IFIX tem viés de baixa com receio por inflação e instabilidade política

Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava próximo da estabilidade nesta segunda-feira (6), exibindo viés de baixa em dia de maior cautela por parte dos investidores, com preocupação sobre o clima de instabilidade que toma conta do cenário político. O índice fechou em queda de 0,44% na sexta-feira (3), aos 2.733 pontos.

A liquidez internacional reduzida por conta do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos e a preocupação com as manifestações pró-governo convocadas para o dia 7 de Setembro reduzem o apetite ao risco dos investidores, que já vinham adotando uma postura mais cautelosa nas últimas semanas em meio aos embates entre o presidente Jair Bolsonaro e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Soma-se a esse cenário o impasse acerca da dívida da União com precatórios, cuja solução foi colocada em risco, uma vez que o STF pode deixar de trabalhar junto ao governo para resolver a questão.

Além disso, investidores se preocupam com a escalada da inflação e a consequente alta dos juros, após o Relatório de Mercado Focus ter elevado mais uma vez suas projeções para o IPCA, de 7,27% para 7,58%, e para a taxa Selic ao fim do ano, de 7,50% para 7,63%. A alta dos juros e dos preços impacta a remuneração oferecida pelos títulos públicos indexados à inflação, utilizados como parâmetro de comparação para avaliar a rentabilidade dos fundos imobiliários.

Destaques

O Autonomy Edifícios Corporativos (AIEC11), fundo que investe em lajes corporativas, liderava as altas do IFIX, subindo 1,89%, aos R$ 80,02. O Votorantim Logística (VTLT11), fundo de galpões logísticos, tinha a segunda maior alta, com valorização de 1,66%, sendo negociado a R$ 94,80. A terceira maior valorização era do Fundo de Investimento Imobiliário Industrial do Brasil (FIIB11), que investe em imóveis industriais, exibindo alta de 1,56%, sendo cotado a R$ 475,34.

Na outra ponta, a maior queda era do Santander Renda de Aluguéis (SARE11), fundo do segmento de lajes corporativas, que caía 3,08%, sendo negociado a R$ 83,91. A segunda maior desvalorização era do CSHG Imobiliario FOF (HGFF11), fundo de fundos, que recuava 1,51%, sendo cotado a R$ 76,13. Por fim, a terceira maior desvalorização era do Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), fundo de lajes comerciais, que caía 1,44%, a R$ 141,41.

Ao fim da manhã, o IFIX mantinha os 2.733 pontos observados no fechamento anterior.

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João Marinho

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