Mercados

Bolsas dos EUA fecham em alta e S&P renova recorde histórico

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 3, após abrirem voláteis, com os principais índices acionários registrando quedas na primeira hora de pregão. Ao longo da tarde, no entanto, o apetite por risco foi se recuperando, com ações de petroleiras ajudando o S&P 500 a renovar seu recorde histórico de fechamento e a recuperação de big techs apoiando o Nasdaq.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,80%, aos 35.116,40 pontos, o S&P 500 subiu 0,82%, aos 4.423,15 pontos, e o Nasdaq registrou ganho de 0,55%, aos 14.761,29 pontos.

Depois de certa volatilidade na abertura, as bolsas nova-iorquinas se recuperaram, em movimento impulsionado em um primeiro momento pela divulgação das encomendas à indústria dos Estados Unidos em junho, cuja alta ante maio, de 1,5%, veio acima das expectativas do mercado, que esperava avanço de 0,9%.

A partir do começo da tarde, ações do setor de energia se fortaleceram, contrariando a queda do petróleo no mercado futuro, e terminaram o dia liderando os ganhos no S&P 500, em comparação com outros setores do índice. A ConocoPhillips subiu 2,20% e foi o principal destaque positivo entre petroleiras, após a empresa divulgar seu balanço do segundo trimestre. A alta da companhia foi acompanhada por ExxonMobil (+1,13%) e Chevron (+0,93%).

Enquanto petroleiras se mantiveram em alta durante todo o pregão, papéis de grandes companhias de tecnologia se firmaram em território positivo e puxaram o índice Nasdaq. Apple (+1,26%) e Amazon (+1,04%), duas das ações de maior peso do índice, terminaram o dia com ganhos acima de 1%.

Investidores ainda acompanharam comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) acerca do mercado de trabalho dos EUA. Dirigente da entidade, Michelle Bowman disse que pode demorar “algum tempo” até que parte da população ativa do país retorne à força de trabalho. Já a presidente da distrital de São Francisco do Fed, Mary Daly, afirmou não ver razão para enxergar os atuais fatores que seguram a oferta de mão de obra nos EUA como permanentes.

Tanto Daly quanto Bowman votam nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Após uma coletiva de imprensa em que o presidente do Fed, Jerome Powell, mostrou postura majoritariamente “dovish”, ou seja, de defesa por mais apoio monetário nos EUA, é improvável que um anúncio sobre a redução dos estímulos ocorra antes de setembro deste ano, segundo comenta o Bank of America, em relatório enviado a clientes. Com isso, investidores devem acompanhar o S&P 500 chegar à marca de 5 mil pontos antes do tapering, “enquanto bolhas de ativos e riscos de fragilidade ainda maiores” ocorrem como consequências, afirma o banco.

Por Gabriel Caldeira

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Estadão Conteúdo

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