Fundos Imobiliários

IFIX busca recuperação em meio à incerteza com reforma tributária

Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava em alta moderada nesta terça-feira (6), buscando se recuperar da queda da véspera. Na segunda-feira (5), o índice fechou em queda de 0,17%, aos 2.756 pontos.

O IFIX se mostra mais resiliente aos solavancos do cenário político caótico do País, que impedem o Ibovespa de buscar novamente os 130 mil pontos. Ainda assim, os investidores seguem de olho na discussão da proposta da segunda fase da reforma tributária encaminhada pela equipe econômica ao Congresso. Felipe Solzki, sócio e gestor de fundos imobiliários da Galapagos Capital, chama a atenção para a formação de uma frente parlamentar composta por mais de 200 congressistas em oposição à reforma, indicando que o texto deverá sofrer alterações para que seja aprovado.

Solzki cita ainda que o ponto central da reforma, no que diz respeito aos fundos imobiliários, é a questão da tributação dos dividendos, e acredita que não deve ser notada uma valorização expressiva das cotas dos fundos “enquanto não tivermos uma clareza maior com relação a esse assunto”.

Independentemente da aprovação da tributação dos dividendos distribuídos pelos fundos, Ricardo Mateoli, gestor da Plural Gestão, disse que acredita que o segundo semestre deva ser positivo para os fundos de papéis e shoppings. “Seguimos com uma visão construtiva para os segmentos de fundos de papel, que ainda se beneficiarão de uma inflação em um patamar mais elevado […] Com o avanço da vacinação, o segmento de shopping centers deve apresentar melhora.”

Destaques

O Continental Square Faria Lima (FLMA11), fundo híbrido que possui imóveis corporativos na Avenida Faria Lima, em São Paulo (SP), liderava as altas do IFIX, subindo 2,42%, aos R$ 137,47. O BB FI Progressivo (BBFI11), fundo que possui 2 imóveis locados para o Banco do Brasil, exibia a segunda maior alta, com valorização de 2,36%, sendo negociado a R$ 2.385,00. Em terceiro lugar vinha o Ourinvest JPP (OUJP11), fundo de recebíveis imobiliários, com alta de 2,29%, sendo cotado a R$ 96,80.

Na outra ponta, a maior queda era do Brazil Realty (BZLI11), fundo híbrido, caindo 3,31% e sendo negociado a R$ 14,00. A segunda maior desvalorização era do Santander Papéis Imobiliários CDI (SADI11), fundo de papéis, que caía 0,98%, a R$ 83,81. Por fim, a terceira maior desvalorização era do Tellus Properties (TEPP11), outro fundo que investe majoritariamente em imóveis corporativos, que recuava 0,76%, sendo cotado a R$ 76,90.

Ao fim da manhã, o IFIX subia 0,23%, aos 2.762 pontos.

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João Marinho

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