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Decisão de Fachin mobiliza políticos e presidenciáveis; veja repercussão

Políticos, líderes partidários e potenciais candidatos à Presidência comentaram as consequências da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e devolveu sua elegibilidade. O apresentador Luciano Huck, que cogita uma eventual candidatura no ano que vem, disse que qualquer decisão judicial deve ser respeitada, mas disse que “figurinha repetida não completa álbum”, em uma referência às chances de Lula no pleito de 2022.

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Candidato do PT em 2018, indicado por Lula, o ex-ministro Fernando Haddad escreveu em sua conta oficial no Twitter que “por justiça, a luta sempre vale. Sem ela, não há paz”.

Já presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), defendeu que a decisão de Fachin não resulte na “absolvição” do ex-juiz Sérgio Moro em processos que tratam da sua suspeição. Lira disse que ainda tem dúvidas sobre a consequência da decisão para Moro, e disse que o ex-juiz “jamais” mereceria escapar do processo de suspeição.

“Minha maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro”, escreveu Lira em sua conta oficial no Twitter. “Lula pode até merecer. Moro, jamais!”

Alvo da Operação Lava Jato em 2017, o presidente da Câmara recentemente teve uma denúncia por organização criminosa arquivada pela Segunda Turma do STF. Ele ainda é réu por corrupção passiva em uma segunda ação relacionada à Lava Jato.

A decisão de Fachin, que na prática devolveu a elegibilidade ao ex-presidente Lula, também repercutiu entre outros parlamentares.

Um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) disse que piora o cenário para a disputa das eleições presidenciais no ano que vem. Ele aposta em uma polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro no próximo ano.

“A única chance de Bolsonaro em 2022 é Lula, e a única chance de Lula é Bolsonaro”, escreveu Kataguiri, que organizou as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff entre 2014 e 2016. “Um só tem chances de vencer se for para o segundo turno com alguém de rejeição semelhante. Brasil segue afundando em qualquer um dos cenários.”

Ex-candidato à Presidência pelo PV em 2014, Eduardo Jorge indicou que deseja ver tanto Bolsonaro quanto Lula derrotados nas eleições do próximo ano. “Será que vai encarar ou vai passar a bola e ficar como ‘tecnico’. Espero que tope”, escreveu Eduardo Jorge. “Em casos assim de líderes como Bolsonaro e Lula que se pretendem messiânicos o melhor remédio é derrotá-los pelo voto popular.”

Ex-secretário de Desestatização do atual governo, Salim Mattar falou em “impunidade” e “enterro” do legado da Lava Jato no País. “O Brasil definitivamente não é para amadores!”, escreveu. “Muito triste, a impunidade ainda impera neste país.”

Esquerda

Aliados do ex-presidente Lula na esquerda comemoraram a decisão de Fachin, classificando a devolução dos direitos políticos do ex-presidente como “vitória”.

“Há muitos anos, venho sublinhando que esses processos contra o ex-presidente Lula jamais poderiam ter sido julgados em Curitiba”, escreveu o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). “Incompetência processual que pode e deve ser reconhecida a qualquer tempo. Vitória da Constituição. Como ex-magistrado federal, fico muito feliz.”

“Essa é uma grande vitória para o nosso país”, escreveu Manuela D’ávila (PCdoB), que disputou a vice-presidência da República na chapa de Fernando Haddad em 2018.

Por Redação, O Estado de S.Paulo

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Estadão Conteúdo

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