Internacional

Powell diz que Fed conhece a História e não deixará inflação ficar alta demais

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou nesta quinta-feira que deverá haver pressão de preços nos Estados Unidos quando a economia reabrir, mas que qualquer alta de inflação no curto prazo será transitória. “Estamos bem cientes da História da inflação alta demais, não permitiremos que isso ocorra”, declarou o dirigente durante um evento virtual organizado pelo Wall Street Journal.

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Como já havia dito em discursos anteriores, Powell afirmou que o aumento dos preços que resultará do avanço da vacinação contra a covid-19 provavelmente será “um movimento só”. “Os EUA têm tido inflação baixa por décadas”, frisou, ao comentar que as pressões desinflacionárias não desaparecerão tão rápido.

O dirigente reforçou que o Fed está “fortemente comprometido em cumprir as metas de inflação e emprego. “Queremos que as expectativas de inflação estejam ancoradas em 2%”, disse.

Segundo Powell, se houver o aumento temporário nos preços, o Fed será “paciente”.

Treasuries

O presidente do Federal Reserve afirmou que a volatilidade recente no mercado de Treasuries chamou sua atenção “notavelmente”. O mercado esperava uma manifestação de Powell sobre a inclinação da curva de juros americana. Inicialmente, o presidente do Fed apenas disse que o movimento era resultado da melhora das perspectivas para a economia americana.

O comentário desta quinta ecoa o discurso da diretora Lael Brainard. Na terça-feira, 2, a economista também afirmou que a alta nos rendimentos dos títulos havia chamado sua atenção.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a alta recente nos juros de longo prazo no mundo, impulsionada pelo aumento das expectativas inflacionárias, revelou uma divergência entre o mercado e os principais bancos centrais.

A comunicação do Fed entrou em evidência após dirigentes da instituição minimizarem os riscos de disparada dos preços, que poderiam derivar dos estímulos fiscais e monetários sem precedentes nos EUA.

Por Iander Porcella

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Estadão Conteúdo

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