O número de novos casos de covid-19 vem caindo nos EUA – diminuição de 39% nas últimas duas semanas, de acordo com o New York Times. O país registra mil mortos por dia, queda de 18% no mesmo intervalo, e 67 mil pessoas internadas, redução de 28% no período. Vários fatores contribuem para a desaceleração, segundo especialistas, entre eles a imunização em massa defendida pelo novo presidente, Joe Biden.
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Na comparação com o pico, registrado em 8 de janeiro, a redução do número de infecções diárias é ainda maior, segundo a Universidade Johns Hopkins: passou de 249,8 mil para 90,2 mil, uma queda de 63%. Ainda assim, à medida que os Estados americanos expandem o programa de vacinação, surge um grave problema no horizonte: a oferta não acompanha a demanda e cresce o risco de faltar vacina.
Sob ameaça crescente de variantes mais contagiosas e mortais, os EUA vêm gradualmente administrando mais doses de vacina a cada dia. Uma média de 1,7 milhão de pessoas são imunizadas diariamente.
Os Estados estão ampliando o acesso para além dos grupos mais vulneráveis e profissionais de saúde, e algumas autoridades estaduais já se dizem prontas para administrar milhares de doses a mais – se houver. Um dado curioso é que o país de 328 milhões de habitantes já garantiu 1,2 bilhão de doses de laboratórios como Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson, segundo o Duke Global Health Innovation Center.
Na semana passada, a Califórnia anunciou que expandiria a vacinação para pessoas de qualquer idade com problemas de saúde ou deficiências graves. O Estado, porém, já usou 72% das doses e há escassez em várias regiões. O centro de vacinação do Dodger Stadium, em Los Angeles, foi fechado no fim de semana porque a cidade esgotou seu estoque, segundo o prefeito Eric Garcetti. “Não estamos recebendo (vacinas) em quantidade suficiente”, disse.
De acordo com Brian Kemp, governador da Geórgia, muitos bairros de Atlanta suspenderam os agendamentos porque as entregas não acompanhavam a demanda. Especialistas dizem que expandir a elegibilidade requer um equilíbrio delicado entre priorizar os que estão em maior risco e garantir que nenhuma dose seja desperdiçada.
Michael Osterholm, diretor do Centro de Pesquisa e Política de Doenças Infecciosas da Universidade de Minnesota, disse que expandir a vacinação rápido demais pode ser um tiro no pé. “As pessoas ficarão irritadas quando a segunda dose prometida não chegar a tempo.”
Fila de espera
O Estado de Nova York já usou 90% de suas doses, segundo o governador Andrew Cuomo, mas está expandindo a elegibilidade para qualquer pessoa com problemas de saúde. Cuomo acredita que o Estado poderia vacinar mais rápido se tivesse mais doses. Mas, no domingo, no primeiro dia de agendamento para os nova-iorquinos com doenças crônicas, dezenas de milhares recorreram aos sites e muitos foram tiveram de ser colocados na fila de espera.
Apesar de ser uma ferramenta fundamental na contenção da pandemia, a vacina sozinha não é responsável pela queda de contágio nos EUA. A desaceleração, segundo Sarita Shah, professora da Escola de Saúde Pública Rollins, da Universidade Emory, é uma redução natural explicada também pelas festas de fim de ano.
“Já vimos aumentos e quedas algumas vezes. Eles parecem acompanhar os feriados ou os movimentos das pessoas”, disse Shah. A sazonalidade, com o fim do período mais rigoroso de inverno, é outro fator citado. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Redação, O Estado de S.Paulo
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