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Biden anuncia ‘volta da diplomacia americana’ e reitera antagonismo à China

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (4) que o país irá retomar a posição de líder diplomático mundial, restaurando alianças globais, as quais ele chamou de “maior trunfo americano”, para resolver problemas atuais e futuros. “A diplomacia americana está de volta ao centro da nossa política exterior”, disse Biden, em discurso durante visita ao Departamento de Estado dos EUA. O chefe da pasta, Antony Blinken, afirmou que a diplomacia é necessária para conter a pandemia de Covid-19, a crise ambiental e o autoritarismo global.

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Entre as questões que serão endereçadas pela política exterior do governo americano, Biden reiterou seu compromisso com os esforços para frear a “ambição” da China de rivalizar com os EUA e confrontar o que ele considera ser abusos econômicos e contra os direitos humanos cometidos pelo país asiático. Ele deixou aberta, porém, a possibilidade de trabalhar com Pequim se for pelo bem da população americana. “Se as leis de comércio internacional não nos prejudicarem e a propriedade intelectual dos americanos for respeitada, nenhum país pode se igualar a nós, nem mesmo a China”, afirmou Biden.

O presidente também destacou que “não hesitará em aumentar o custo” sobre a Rússia diante de interferências do país em eleições nos EUA e ciberataques contra instituições americanas. “Devemos enfrentar determinação da Rússia de danificar nossa democracia”, disse. Além disso, Biden protestou contra o suposto atentado cometido pelo governo de Vladimir Putin ao ativista russo Alexei Navalny, preso após retornar ao seu país natal. Segundo Biden, Navalny é alvo de Putin por expor a corrupção de seu governo.

Biden ainda reforçou compromisso em seguir apoiando a Arábia Saudita contra ameaças bélicas do Irã e de outros países vizinhos no Oriente Médio.

Entre anúncios, o presidente americano informou que assinará uma ordem executiva para restabelecer o programa que garante a entrada de refugiados no país. Ele ainda disse que os Departamentos de Estado e de Defesa vão revisar a utilização das tropas militares dos EUA para alinhá-las com as prioridades diplomáticas do governo.

“Investimos em diplomacia não porque é o certo a se fazer para o mundo, mas porque queremos viver em paz, segurança e prosperidade. É pelo nosso puro interesse”, completou Biden, após reiterar ainda que considera uma imprensa livre é essencial à democracias, em tom contrário ao de seu antecessor, Donald Trump.

Por Gabriel Caldeira

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Estadão Conteúdo

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