Janet Yellen, 74 anos, tomou posse como 78ª secretária do Tesouro dos Estados Unidos nesta terça-feira, 26, um dia após ter sua nomeação confirmada pelo Senado. A cerimônia, realizada na Casa Branca, foi conduzida pela vice-presidente Kamala Harris. “Eu juro solenemente que apoiarei e defenderei a Constituição dos EUA contra todos os inimigos, estrangeiros ou domésticos”, declarou a ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
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O Senado deu aval à indicação nesta segunda-feira, 25. Foram 84 votos favoráveis e 15 contrários. A ex-presidente do Fed participou de uma sabatina com os senadores na terça-feira passada, 19. Depois de se tornar a primeira mulher a presidir a autoridade monetária americana, entre 2014 e 2018, Yellen também é a primeira a chefiar o Departamento do Tesouro.
O Comitê de Finanças do Senado já havia aprovado na sexta-feira, 22, por unanimidade, a indicação feita pelo presidente Joe Biden. Apesar de discordarem de algumas posições defendidas por Yellen, os parlamentares do Partido Republicano disseram que ela é qualificada para o cargo.
Senador republicano pelo estado de Iowa, Chuck Grassley afirmou durante a sessão da semaan passada que os votos favoráveis de seu partido à escolhida por Biden para comandar o Tesouro sinalizam um interesse da oposição “em trabalhar cooperativamente e de forma bipartidária”.
Na sabatina, Yellen defendeu o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão de Biden e disse que é preciso “agir com grandeza” para combater a pandemia de covid-19 e impulsionar o crescimento econômico.
A ex-presidente do Fed também se comprometeu a não interferir no mercado cambial. “A variação do dólar e outras moedas deve ser determinada pelos mercados. Devemos nos opor a países que manipulam câmbio por vantagem competitiva”, declarou na ocasião.
A nova secretária do Tesouro defendeu, ainda, um sistema tributário progressivo e a cobrança de mais impostos sobre os ricos e as grandes corporações. “Nós vamos assegurar a competitividade das empresas, mas com impostos um pouco mais altos”, afirmou.
Por Iander Porcella e Eduardo Gayer
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