A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse nesta terça-feira, 26, que vai monitorar três pontos ao longo de 2021. O primeiro é a “corrida” entre o coronavírus e as vacinas para preveni-lo; o segundo é a solução que os formuladores de política vão tomar para continuar apoiando a economia, os jovens e os trabalhadores; e o terceiro, a revitalização da cooperação global.
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As considerações da búlgara foram feitas durante o painel “Implementando o capitalismo do stakeholder”, que integra a versão online do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), chamada de Fórum Digital de Davos. Por causa da pandemia de covid-19, a organização decidiu fazer o evento, que tradicionalmente reúne todos os anos a elite econômica e política do mundo nos Alpes suíços, de forma virtual. Há previsão de que uma edição presencial do evento ocorra em maio, em Cingapura.
Kristalina enfatizou que a fotografia de 2021 está “mais brilhante”, com expectativas melhores feitas pelo FMI para este ano do que as previstas anteriormente. Para 2020, no entanto, ela salientou que muitas das estimativas pioraram. “As projeções melhores para 2021 foram uma surpresa”, afirmou.
A diretora-gerente do Fundo salientou que, na primeira rodada de impacto da pandemia para a atividade, a área fiscal foi fundamental para que a economia não entrasse em colapso, mas, agora, segundo ela, é preciso olhar para áreas como a sustentabilidade e as oportunidades que surgirão com a nova economia. “Estou muito entusiasmada com a nova geração”, afirmou. “Temos que falar categoricamente que o clima é uma questão fundamental para os ativos, para os preços, para o emprego. Não há qualquer chance de voltarmos ao passado”, continuou.
O debate tem como premissa a decisão do Conselho Empresarial Internacional do Fórum Econômico Mundial de propor um conjunto de métricas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) universais para as empresas, independentemente do setor ou região em que atuam.
Além de Kristalina, participaram das discussões o fundador e presidente-executivo do Fórum, Klaus Schwab; a editora-geral e presidente do Conselho Editorial do jornal britânico The Financial Times, Gillian Tett; o presidente e CEO do Bank of America, Brian Moynihan; a vice-primeira-ministra e ministra das Finanças do Canadá, Chrystia Freeland; o presidente e CEO da Salesforce, Marc Benioff; e o presidente e CEO do fundo de investimentos BlackRock, Laurence Fink.
Por Célia Froufe
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