A Comissão Europeia informou nesta terça-feira (12) que concluiu a fase preliminar de negociações para a compra de 30 milhões de doses da vacina experimental contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica franco-austríaca Valneva. O acordo provisório ainda possibilita aos países da União Europeia (UE) adquirir 30 milhões de doses adicionais do potencial imunizante. “A Comissão, secundada pelos Estados-membros, decidiu apoiar esta vacina com base numa avaliação científica sólida, na tecnologia utilizada, na experiência da empresa no desenvolvimento de vacinas e na sua capacidade de produção para abastecer toda a UE”, afirmou a Comissão em comunicado.
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Caso o acordo seja confirmado, a Valneva se juntará à AstraZeneca, Sanofi, Janssen, Biontech–Pfizer, CureVac e Moderna entre as empresas que fecharam contrato de suprimento de vacinas com a UE. Além da Valneva, a Novavax também está em negociações com o bloco.
Por enquanto, apenas os produtos desenvolvidos pela Moderna e pelo consórcio entre Pfizer e BioNTech têm autorização para uso emergencial da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês). Hoje, foi a vez da AstraZeneca submeter seu pedido. A EMA deve emitir parecer até o final do mês.
“Esta carteira de vacinas diversificada fará com que a Europa esteja bem preparada para a vacinação, uma vez comprovada a segurança e a eficácia das vacinas”, afirmou a Comissão no comunicado, informando também que os Estados-membros da UE poderão doar doses das vacinas a países mais pobres ou redirecioná-las a outras nações que fazem parte do bloco.
Ainda no documento, a presidente da entidade, Ursula von der Leyen, afirmou que “o passo dado hoje no sentido de alcançar um acordo com a Valneva vem para complementar a carteira de vacinas da UE e demonstra o empenho da Comissão em encontrar uma solução duradoura para a pandemia”.
Já para a comissária responsável pelo setor de Saúde e Segurança de Alimentos da Comissão, Stella Kyriakides, o possível acordo com a Valneva aumenta a possibilidade da UE garantir que todos os cidadãos de países-membros tenham acesso às vacinas contra a covid-19 até o final de 2021.
Por Gabriel Caldeira
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