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PIX acumula 92,5 milhões de operações, num total de R$ 83,4 bi

Em 30 dias de funcionamento pleno do PIX – o sistema brasileiro de pagamentos instantâneos -, o Banco Central (BC) já registrou um total de 92,5 milhões de operações, totalizando R$ 83,4 bilhões. Os dados foram informados nesta quarta-feira, 16, pelo chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do BC, Ângelo Duarte.

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Até a terça-feira, 15, haviam sido registradas 116 milhões de chaves. Deste total, 111 milhões estão ligados a pessoas físicas e 5 milhões a empresas. “Esperamos que a adesão de empresas ao PIX seja mais lenta que a de pessoas físicas”, afirmou.

Segundo Duarte, à medida que as instituições financeiras lancem funcionalidades para empresas no PIX, a adesão de pessoas jurídicas tende a aumentar.

A chave de usuário é um identificador de contas: o cliente pode cadastrar um número de celular, e-mail, CPF, CNPJ ou um EVP (uma sequência de 32 dígitos a ser solicitado no banco). Por meio dela, é possível receber pagamentos e transferências. A chave é um “facilitador” para identificar o recebedor, mas não é indispensável para receber um PIX.

Duarte participou na manhã desta quarta de coletiva de imprensa sobre o PIX. Lançado em 16 de novembro, o PIX permite pagamentos e transferências 24 horas por dia, sete dias por semana, todos os dias do ano. As operações ocorrem em menos de dez segundos.

Competição

Também presente na coletiva de imprensa, o diretor de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, afirmou que a cobrança de tarifas das empresas no PIX – o sistema brasileiro de pagamentos instantâneos – é determinada pelo mercado financeiro. Segundo ele, é a competição entre as instituições financeiras e de pagamentos pelo cliente que permitirá, no futuro, que as tarifas sejam mais baixas.

“Sempre enfatizamos que a tarifação para pessoa jurídica na ponta recebedora é determinada pelo mercado”, disse Pinho de Mello. “Confiamos que a competição fará seu trabalho. Tenho confiança de que, com vários competidores, o mercado encontrará o preço correto no PIX.”

Estabelecimentos comerciais que recebem pelo PIX estão sujeitos ao pagamento de tarifas aos bancos ou fintechs que ofertam o serviço. Conforme o BC, as tarifas cobradas muitas vezes estão dentro de um pacote de serviços. Como o sistema é novo, também é normal que as primeiras instituições a lançarem produtos cobrem tarifas um pouco maiores, porque há poucos concorrentes.

“O mercado vai encontrar preço certo no PIX e ele será barato para o usuário final”, reforçou Pinho de Mello.

Por Fabrício de Castro

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Estadão Conteúdo

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