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PIB deve cair 4,3% em 2020 e subir 4,0% em 2021, prevê CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta alta de 4,0% na atividade econômica em 2021. A entidade divulgou estimativas para a economia nesta quarta-feira, 16, e espera uma queda de 4,3% no PIB deste ano.

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A expectativa é que o PIB industrial caia 3,5% neste ano, subindo 4,4% em 2021. “Temos uma expectativa positiva para 2021 para o crescimento da indústria e acho que o setor vai continuar gerando emprego”, afirmou o presidente da confederação, Robson Andrade.

A perspectiva é que a taxa de desemprego fique em 13,9% em 2020 e 14,6% em 2021. Já a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi projetada em 4,28% no fim deste ano e 3,55% no próximo.

A CNI estima ainda a taxa básica de juros Selic em 3,0% no fim de 2021.

A confederação espera um déficit primário em 10,9% do PIB em 2020 e 2,5% em 2021 e um déficit nominal em 15,4% do PIB neste e 6,6% no próximo ano. Para a dívida bruta, a expectativa é que alcance 92,8% do PIB em 2020 e 92,6% em 2021.

A perspectiva é ainda que o câmbio médio termine em R$ 5,15 neste ano e R$ 4,85 no ano que vem.

Para o saldo comercial, a projeção é de superávit US$ 57,6 bilhões em 2020 e R$ 49,4 bilhões em 2021 e, para o saldo da conta corrente, déficit de US$ 8,5 bilhões neste ano e US$ 20,1 bilhões.

Reformas

O presidente da CNI disse que o Congresso Nacional deve avançar na votação de projetos ligados ao ajuste fiscal no primeiro semestre de 2021. “Acredito que, passada a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, estaremos próximos de aprovar a reforma tributária”, afirmou.

Na entrevista coletiva no qual apresentou projeções para este e o próximo ano, Andrade disse que esperava que a reforma dos impostos tivesse sido votada pelo menos na comissão mista este ano, o que não aconteceu.

Ele ressaltou que falta uma proposta clara do Ministério da Economia que contemple impostos federais e Estados e municípios – até agora, a equipe do ministro Paulo Guedes enviou apenas um projeto com a unificação do PIS/Cofins. “Se está pronta, se existe, poderia haver uma proposta única”, completou.

Andrade disse ainda que a aprovação das reformas é importante para gerar empregos e que o País não tem condição de continuar pagando o auxílio emergencial de R$ 600.

Por Lorenna Rodrigues

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Estadão Conteúdo

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