Enquanto os Estados Unidos aguardam a possível aprovação emergencial nesta quinta-feira (10) de uma vacina para a covid-19, o país registrou na quarta-feira (9) o recorde de mortes diárias desde o início da pandemia: 3.011. Na semana passada, o país já havia chegado a 2.885 mortes em um único dia, a maior quantidade desde 15 de abril, quando foram registradas 2.752 mortes. Com isso, a covid-19 já tirou a vida de mais de 288 mil americanos e contaminou outros 15,3 milhões.
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Enquanto isso, hospitais em todo o país estão operando próximos da capacidade máxima. Dados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos mostraram que mais de um terço dos americanos vive em áreas onde os hospitais estão com escassez de leitos de terapia intensiva.
Os marcos negativos da pandemia surgem no momento em que autoridades americanas correm para aprovar e distribuir uma vacina da covid-19. O foco desta quinta nos EUA está na reunião de um grupo de especialistas da Agência de Alimentação e Medicamentos (FDA, em inglês) para avaliar de maneira emergencial a vacina da Pfizer e da BioNTech.
O governo pretende distribuir 3 milhões de doses em todo o país 48 horas após a aprovação de emergência. O general Gustave Perna, que está encarregado da operação logística para a distribuição da vacina no Pentágono, declarou na quarta-feira que primeiro serão distribuídas 3 milhões de doses do imunizante em todo o país e 21 dias depois haverá um segundo lote.
Perna destacou que os EUA estão preparados para distribuir e administrar as primeiras vacinas em todo o seu território às pessoas que foram identificadas como prioritárias. As doses serão alocadas a cada Estado para distribuição por seus governos. O governo espera envolver as farmácias e o setor privado de saúde para apoiar a campanha.
‘Pré-aprovação’
Na terça-feira, dia 8, a FDA confirmou a segurança e a eficácia da vacina em uma primeira análise antes da autorização oficial. A revisão de 53 páginas confirmou que a vacina parece atender ao padrão para autorização de uso de emergência, o que indica que os EUA poderiam iniciar a imunização ainda em dezembro, conforme planejado.
O documento especifica que a vacina ultrapassou o limite mínimo de ser pelo menos 50% eficaz e afirma que os dois meses de acompanhamento de 38 mil participantes no estudo fornecem evidências de “um perfil de segurança favorável, sem problemas de segurança específicos identificados que impediria a emissão de uma autorização de emergência”.
Nesta semana, o Reino Unido começou a vacinar seus cidadãos e o Canadá parece perto de fazer o mesmo. A Rússia também já começou a vacinação. (Com agências internacionais).
Por Redação
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