BTG vê revolução na Petrobras e calcula potencial de alta de 35%

O BTG Pactual elevou o preço-alvo em 12 meses das ações da Petrobras (PETR4) para R$ 34, o que representa um potencial de valorização de cerca de 35%, em reflexo da mudança de postura da estatal petrolífera, agora mais focada em valor do que em crescimento.

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A “revolução cultural” em prol do quanto mais enxuto, melhor ecoou na mensagem que os analistas ouviram da administração da Petrobras após a apresentação do plano estratégico de 5 anos: desalavancagem mais forte, dividendos mais altos e um maior compromisso com ESG (melhores práticas em meio ambiente, sociedade e governança).

“Um portfólio resiliente e bem mais enxuto de ativos de exploração e produção de classe mundial e de baixo custo, prestes a sofrer uma redução enorme do risco político, não pode ser ignorado”, escrevem os analistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Daniel Guardiola, em relatório.

Eles destacam que a própria Petrobras espera levantar US$ 25 bilhões a US$ 35 bilhões por meio de venda de ativos até 2025, o que seria suficiente para financiar quase metade do plano de investimentos para os próximos 5 anos, anunciado na semana passada.

Uma petrolífera mais leve, com menor custo por barril para extrair óleo bruto do pré-sal indica que a Petrobras se tornará uma máquina de fazer dinheiro, avalia a equipe do banco. Neste sentido, a companhia projeta pagar US$ 30 bilhões a US$ 35 bilhões em dividendos nos próximos 5 anos, em linha com as estimativas do BTG.

“Isso representa um retorno médio anual com dividendos de 11,6%”, afirmam os analistas. É também por isso que, mesmo reconhecendo o rali recente das ações da Petrobras, eles reiteraram a recomendação de “compra” aos papéis da estatal e elevaram os preços-alvo.

Nesta terça-feira (1) na B3, as ações da Petrobras subiam 2,3%, cotadas a R$ 25,48, enquanto o Ibovespa avançava 2,2%, acima dos 111 mil pontos.

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