A nota enviada anteriormente continha uma incorreção. O dólar fechou nesta quarta, 28, no maior valor desde 15 de março, quando na verdade é desde 15 de maio. Segue versão corrigida abaixo.
O dólar operou em alta nos negócios da tarde desta quarta-feira, mas em ritmo mais comportado que de manhã, quando encostou em R$ 5,80, levando o Banco Central a injetar US$ 1 bilhão no mercado à vista. Foi a maior intervenção individual do BC desde 12 de março, quando o mercado mostrava forte nervosismo com a pandemia que se iniciava por aqui e ele ofereceu US$ 2,5 bilhões. Nesta quarta, a preocupação maior é com o crescimento acelerado de casos de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos, que está levando a adoção de mais medidas de restrição, sobretudo na Alemanha e França, e pode prejudicar a atividade econômica pela frente.
A quarta-feira foi marcada por forte movimento de fuga de ativos de risco no mercado internacional, com bolsas em forte queda e busca de refúgio no dólar e no iene, mas o real acabou nem sendo a pior moeda, como vem rotineiramente acontecendo.
Nesta quarta, as divisas da Rússia, Turquia e México assumiram as primeiras posições de maiores perdas. Operadores destacam que houve forte venda de dólares de exportadores mais cedo, ajudando a retirar alguma pressão nas cotações, além da ação do BC.
O dólar à vista terminou o dia em alta de 1,39%, cotado em R$ 5,7619, o maior valor desde 15 de maio, quando foi a R$ 5,83. No mercado futuro, o dólar com liquidação em novembro, que vence na sexta-feira, subia 0,95%, aos R$ 5,7610.
Para o chefe de gestão e especialista em câmbio e moedas da Galapagos Capital, Sérgio Zanini, o que fez diferença nesta quarta foi a intervenção de US$ 1 bilhão do BC vendendo dólares no mercado à vista, o que ajudou a dar um parâmetro para o mercado. O real, diz ele, virou uma moeda fácil para o mercado atacar, por isso a necessidade de contrapartida do BC atuando. A expectativa era que esta semana já houvesse uma redução da exposição a ativos de risco no mercado internacional por conta da proximidade das eleições americanas, na próxima terça-feira, 3. Mas a aceleração de casos de covid-19 na Europa acabou antecipando este movimento, provocando o sell-off desta quarta, ressalta o estrategista.
Como o real já vinha tendo desempenho bem pior que os pares, acabou perdendo menos valor nesta quarta que outras divisas, como a lira turca e o rublo. No ano, porém, ainda segue a pior, com o dólar subindo mais de 43%.
A pressão para desvalorização do real vai permanecer nos próximos meses, em meio ao aumento do risco fiscal do Brasil, a falta de reformas estruturais e o juro real negativo, avalia o banco Société Générale. A previsão é que o dólar deve fechar 2020 em R$ 5,80 e ir para perto de R$ 6,00 em 2021, terminando o ano que vem em R$ 5,95. Nesse ambiente, o real corre o risco de repetir em 2021 o fraco desempenho deste ano, sendo novamente a moeda de país emergentes com pior performance ante o dólar.
O estrategista do Société para mercados emergentes, Dav Ashish, prevê que neste ambiente de falta de avanço das reformas, deterioração fiscal e ainda um desempenho fraco do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e do mundo, a expectativa é de fluxos de capital externo “tímidos” em 2021, o que deve ajudar a manter o câmbio pressionado.
Por Altamiro Silva Junior
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