A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou que “a mudança climática é uma ameaça profunda ao crescimento e à prosperidade”. Segundo a líder, a pauta não deve ser deixada de lado mesmo em meio à crise causada pelo coronavírus. Como alternativas para contornar esse cenário, ela defende medidas como a precificação do carbono e o estímulo a investimentos verdes.
Para Georgieva, o Acordo de Paris não seria suficiente para reduzir a emissão de gases prejudiciais para o meio ambiente entre 25% e 50% em 10 anos. Dessa forma, ela pede apoio nas negociações para estabelecer um preço mínimo para o carbono. “Isso proporcionaria uma orientação clara e uma base sólida para construir um consenso global sobre ações que poderiam ser tomadas para atingir essa meta conjunta”, disse a diretora.
A representante do FMI destacou ainda que a crise causada pela covid-19 gerou um “apoio político sem precedentes”, com estímulos que somam cerca de US$ 12 milhões. Para ela, é importante que esses montantes sejam direcionados a investimentos verdes. Essa estratégia poderia impulsionar o PIB mundial em até 0,7%, em média, e gerar milhões de empregos, aponta Georgieva.
“Devemos reconhecer que a crise ambiental já é uma realidade e devemos nos adaptar e criar resistência aos choques climáticos. No FMI, estamos trabalhando com nossos integrantes, principalmente com os países mais vulneráveis, para fazer exatamente isso”, afirmou, reforçando a importância de priorizar ações para minimizar os impactos da crise climática.
Por Elisa Calmon
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