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Fogo atinge lado brasileiro da Serra do Amolar e pode chegar à Bolívia

Brigadistas correm contra o tempo para impedir que o fogo que atinge o lado brasileiro da Serra do Amolar – região do Pantanal entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS) – chegue até o chaco boliviano, ao longo do Rio Paraguai. Duas aeronaves e ao menos 35 pessoas atuam no combate às chamas que já devastaram 10 mil hectares de vegetação nativa do local. O fogo pode atingir ainda três reservas naturais.

Conforme Letícia Lacher, coordenadora no Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que está atuando no local em conjunto com outras instituições, o fogo que começou na sexta-feira, 25, está avançando em duas direções.

“Na direção sul, o fogo avança para a área da Fazenda Tereza e do Porto São Pedro, atravessando o rio. Essas duas já sofrem com os incêndios. Ao norte, sentido Baía do Taquaral, é onde está concentrada a maior parte do combate”, explicou.

O foco dos brigadistas que atuam na área da Baía do Taquaral é impedir, também, que o fogo atravesse para o lado da Bolívia, onde segundo Letícia, há uma área de proteção de 2 mil hectares do chaco. A partir desta segunda-feira, 28, duas aeronaves vão auxiliar nos trabalhos com o lançamento de água.

“Temos equipes dos Bombeiros de MT, MS, Paraná, brigadistas voluntários e contratados, empenhados no combate do fogo. No domingo, um avião agrícola passou a auxiliar com água. Agora, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul está disponibilizando aeronaves grandes para atuarem em conjunto”, contou.

Riscos

O fogo se concentra nas comunidades de Barra do São Lourenço, Comunidade Amolar, Comunidade Paraguai-Mirim e Comunidade do Castelo. Mas, apesar disso, nenhuma casa foi atingida.

Letícia explicou que, desde o começo da ação na região, a preocupação foi com a população ribeirinha das comunidades tradicionais ao longo do Rio Paraguai. Apesar da exposição, elas não foram atingidas. “Estão todos a salvo. O primeiro combate foi isolar a área e proteger as casas”, disse.

Caso o fogo não seja controlado, nos próximos dias há risco de que áreas de Reserva Particular Patrimônio Natural (RPPNs), sendo elas, Penha, Acurizal e Rumo Oeste, sejam atingidas. Há focos de incêndio ainda no Parque Nacional do Pantanal, em Mato Grosso, que colocam em risco essas reservas.

Por Yuri Ramires, especial para O Estado

Estadão Conteúdo

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