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EUA: novas projeções de agência apartidária CBO apontam para crescimento menor

O governo federal dos Estados Unidos tem a capacidade de emprestar mais, caso o Congresso escolha, apesar do elevado endividamento e da crescente dívida federal, afirmou o diretor do Escritório para Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês), Phillip Swagel. A agência apartidária divulgou novas projeções, as quais mostram crescimento menor e maior endividamento federal ao longo dos próximos 30 anos do que o previsto em junho de 2019, a última vez em que foram divulgadas projeções econômicas de longo prazo, ainda antes da pandemia.

Embora os desafios fiscais de longo prazo sejam consideráveis, disse Swagen, “os EUA não enfrentam uma crise fiscal imediata”. Em comunicado que acompanha as novas projeções, ele comentou que a dívida é gerenciável por ora e que a política fiscal poderia ser usada para tratar de prioridades nacionais, se o Congresso assim decidir.

As projeções divulgadas nesta segunda-feira são uma extensão das previsões do CBO divulgadas ao longo do verão local, mostrando que a dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) caminha para atingir 100% no próximo ano e estará em 108,9% do PIB até o fim da próxima década, no nível mais alto desde a Segunda Guerra.

A dívida em relação ao PIB atingirá 195% até 2050, projeta o CBO. O aumento no endividamento previsto é em grande medida fruto do aumento dos gastos federais para combater a pandemia, após anos de elevação nos custos com juros sobre a dívida federal e maiores gastos em programas de seguridade social. A agência também espera crescimento menor ao longo das próximas décadas, conforme os EUA enfrentam os efeitos da pandemia.

O CBO espera agora crescimento médio anual do PIB entre 2020 e 2050 de 1,6%, quase um quarto de ponto porcentual menor do que o esperado no ano passado, e abaixo da média de 2,5% vista entre 1990 e 2019.

O crescente déficit orçamentário do país está no centro de um debate sobre o quanto a mais é necessário gastar para apoiar a recuperação da pandemia, que levou os EUA a uma recessão em fevereiro. Os democratas desejam mais um pacote abrangente de ajuda, segundo eles essencial para evitar uma recuperação lenta, enquanto os republicanos não querem elevar muito o endividamento, com gastos mais direcionados. Fonte: Dow Jones Newswires.

Estadão Conteúdo

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