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Update Coronavírus: Casos em Melbourne recuam com lockdown; espanhóis protestam

A cidade de Melbourne, a segunda maior da Austrália, registrou apenas 14 novos casos de covid-19 no domingo, o segundo dia consecutivo com menos de 30 novas infecções. No sábado, foram 21, menor número diário desde 19 de junho. Neste domingo, também foram reportadas cinco mortes.

Caso a média de novos casos em 14 dias se mantenha abaixo de 50, as restrições de bloqueio em Melbourne devem ser atenuadas no próximo fim de semana. Creches poderão reabrir e serão permitidas reuniões de até cinco pessoas de duas famílias diferentes. Com os números mais baixos neste fim de semana, a média móvel atual chegou a 36,2. “Os enormes sacrifícios feitos pelos vitorianos estão salvando muitas vidas”, disse a ministra da Saúde do Estado de Victoria, onde está localizada Melbourne, Jenny Mikakos.

Enquanto isso, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, informou em entrevista ao Australian Broadcasting uma queda inesperada na taxa de desemprego do país, para 9,3%. O número representa recuo de 14 pontos porcentuais ante o pico durante a pandemia. Cerca de 400 mil australianos voltaram ao trabalho recentemente. “Aqueles que foram reduzidos a zero horas (de trabalho) estão começando a ter suas horas de volta. Ainda há um longo caminho a percorrer”, disse Morrison.

Na Espanha, espanhóis protestam contra a forma com que a presidente da região de Madri, onde está localizada a capital de mesmo nome, Isabel Díaz Ayuso, tem lidado com a pandemia, impondo novas restrições a áreas com maiores taxas de contágio. Os manifestantes pedem a renúncia da presidente regional. O tamanho do protesto não foi estimado porque os cidadãos se reuniram em diversas regiões da comunidade.

As restrições afetam cerca de 860 mil pessoas que não poderão sair de seus bairros, exceto para trabalhar, estudar ou ir a consultas médicas. A Espanha luta para conter uma segunda onda do vírus, que matou ao menos 30,4 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde espanhol. A taxa de transmissão de Madri é mais que o dobro da média nacional. Segundo a Universidade Johns Hopkins, o número total de casos no país é de 640.040.

No Reino Unido, o governo anunciou que multará em até 10 mil libras (US$ 13 mil) quem descumprir a quarentena obrigatória a ser implementada em 28 de setembro, após o acentuado aumento do número de casos no país. Cidadãos cujo teste de covid-19 resultar positivo ou que tenham contato próximo com um paciente da doença terão de cumprir isolamento. O governo oferecerá ajuda pontual de 500 libras (US$ 633) a pessoas de baixa renda que venham a perder renda em virtude da quarentena. Nas últimas 24 horas, o Reino Unido registrou 4.422 novos casos de covid-19, cifra mais alta desde o início de maio. O governo britânico e a prefeitura de Londres já sinalizaram que poderão impor mais restrições de contato social.

Na Índia, 92.605 novos casos de covid-19 foram registrados nas últimas 24 horas, segundo o Ministério de Saúde local. Com isso, o total de casos no país chega a 5,400 milhões, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. O país fica atrás apenas dos Estados Unidos, que soma 6,766 milhões de casos. Há expectativa de que a Índia ultrapasse os EUA nas próximas semanas. Em contrapartida, o país tem a maior taxa de recuperação, do mundo, cerca de 80%, conforme a Johns Hopkins. Neste domingo, 1.133 pessoas morreram de covid-19 na Índia, de acordo com Ministério de Saúde indiano, o que elevou o total de vítimas fatais a 86.752

Na Coreia do Sul, 82 novos casos foram registrados nas últimas 24 horas. Foi a primeira vez em mais de um mês que o número ficou abaixo de 100, segundo a Agência Coreana de Controle e Prevenção de Doenças. Agora, o total de infecções no país chega a 22.975, com 383 mortes. A queda pode estar associada ao fato de que autoridades locais realizam menos testes nos fins de semana. Apesar disso, por mais de duas semanas o número de novos casos diários tem permanecido em torno de 100, contra cerca de 400 no fim de agosto. O país adotou regras rígidas de distanciamento social na área metropolitana de Seul, que foram flexibilizadas recentemente. O governo vem pedindo aos cidadãos que diminuam a vigilância – pequenos conglomerados estão sendo relatados.

Por Clarice Couto, com Associated Press

Estadão Conteúdo

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