Ícone dos direitos das mulheres nos Estados Unidos, a juíza da Suprema Corte americana Ruth Bader Ginsburg, morreu nesta sexta-feira, aos 87 anos. Desde o início da carreira, a trajetória de Ginsburg, ou RBG como ficou conhecida no país, esteve ligada ao fim da discriminação contra mulheres no país. Segundo a Suprema Corte americana, ela morreu nessa tarde em Washington, cercada por parentes, em decorrência de complicações de um câncer no pâncreas.
Em um declaração ditada à sua neta, Clara Serpa, dias antes de morrer, Ruth Bader Ginsburg afirmou: “Meu desejo mais fervoroso é que eu não seja substituída antes que um novo presidente seja eleito”. Agora, o presidente Donald Trump poderá nomear mais um juiz ao tribunal, que já tem composição conservadora.
Ela foi a segunda mulher a ocupar uma das nove cadeiras no mais alto tribunal dos EUA, em Washington, nomeada pelo democrata Bill Clinton. Antes, Ruth Bader Ginsburg liderou a luta pelos direitos femininos na ACLU, associação de direitos civis no país, para derrubar legislações que discriminam mulheres com base em gênero.
Nos últimos anos, RBG atraía atenções de uma popstar no país, símbolo do feminismo. Ela teve a vida e carreira retratadas em um documentário e um filme e lotava auditórios com uma legião de mulheres, advogadas, estudantes e ativistas. O rosto de RBG estampa camisetas e artigos de lojas feministas nos EUA.
Por Beatriz Bulla, correspondente
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