A Marcopolo (POMO3/POMO4) apresentou nesta segunda-feira (3) após o fechamento do mercado o seu resultado referente ao 2T20. Os números foram bastante afetados pelo cenário pandêmico, mas numa magnitude inferior ao esperado.
Os destaques positivos foram: i) a linha de receita líquida acima do esperado, que somou o total de R$ 798 milhões (queda de 30,1% na comparação anual) e ii) aumento na margem bruta de 15,4% no 2T19 para 16,3% no 2T20.
Já os destaques negativos vieram da i) redução da sua participação de mercado na produção de carrocerias, que fechou o 1T20 em 57% e recuou 7,8 ponto percentual no 2T20 e ii) fluxo de caixa livre das operações negativo em R$ 187 milhões contra um fluxo de caixa livre das operações positivo de R$ 168 milhões no mesmo período do ano passado.
Embora o resultado da companhia tenha sido prejudicado pela Covid-19, os números apresentados pela companhia vieram acima das expectativas e por isso analistas esperam impacto positivo no preço das ações da Marcopolo (POMO3/POMO4) no curto prazo.
No ano as ações preferenciais da Marcopolo (POMO4) recuam 35,8% contra uma queda de 11,1% do Ibovespa. O desempenho abaixo do índice reflete o ceticismo do mercado com o panorama atual de produção e venda de ônibus no Brasil e no mundo.
Na parte de receitas a Marcopolo valeu-se da i) desvalorização cambial, o que beneficiou as suas exportações e levou a um aumento na participação da receita do mercado externo de 45,2% (2T19) para 55,4% no 2T20 e ii) da melhora de mix.
Diante do panorama atual, o Programa Caminho da Escola em parceria com o governo federal é um importante trunfo para a Marcopolo. Segundo a companhia foram entregues 724 unidades vinculadas à parceria neste trimestre, destes 271 micros, 380 urbanos e 73 modelos Volare, e a expectativa é que o ritmo de entregas acelere no 3T20. Apesar das margens menores a periodicidade das entregas sofreu menos durante os piores meses da pandemia.
A companhia fechou o trimestre com Ebitda de R$ 40,9 milhões, queda de 60,9% na comparação anual. A queda nesta linha bem acima da queda na receita demonstra a piora nas margens operacionais, que foram de 9,2% no mesmo período do último ano para 5,1% neste trimestre.
É nesta linha que fica evidente o efeito da menor diluição da matriz de custos e despesas fixas por unidade vendida, também conhecida como alavancagem operacional.
Já o lucro líquido da companhia foi de R$ 1,3 milhão no segundo trimestre de 2020, uma queda de 98,6% em relação ao mesmo período de 2019. O resultado teve impacto negativo da maior despesa financeira neste trimestre, decorrente da desvalorização cambial e positivamente impactado pela menor alíquota efetiva de IR.
Por fim o fluxo de caixa livre das operações (caixa operacional – investimentos) foi bastante negativo no período. Além da queda no lucro, a companhia apresentou forte variação negativa no capital de giro, parcialmente compensada por menores investimentos (CAPEX) no período.
O principal catalisador das ações da Marcopolo é a retomada na demanda por seus produtos, principalmente aqueles ligados ao setor de turismo, linhas rodoviárias interestaduais e internacionais, transporte escolar e transporte público urbano, todos fortemente afetados pela Covid-19.
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