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Dólar cai em meio à espera de estímulos no exterior e reforma tributária

O dólar no mercado doméstico acompanha a tendência de queda no exterior frente a divisas principais e emergentes ligadas a commodities pares do real. A moeda americana chegou a exibir um viés de alta nesta segunda-feira, mas retomou o sinal negativo em seguida.

No exterior, os investidores estão à espera de um desfecho, que pode ser hoje, sobre o pacote da União Europeia de 1,85 trilhão de euros para ajudar na recuperação da região após a pandemia da covid-19. Nos Estados Unidos o foco está no próximo pacote de estímulos para empresas e trabalhadores, que os líderes dos Republicanos no Senado e na Câmara dos Representantes devem discutir hoje com o presidente Donald Trump e o Secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, na Casa Branca. Os EUA seguem liderando o ranking de mortes e novos casos doença no mundo. As bolsas europeias e os índices futuros de Nova York operam sem direção única, enquanto o Ibovespa Futuro recua.

No Brasil, a expectativa de retomada da agenda de reformas ajuda também na queda do dólar e dos juros futuros, sobretudo a Tributária, cuja proposta do governo federal deve ser apresentada ao Senado nesta terça-feira pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A pauta de privatizações, a começar pela Eletrobras, está no radar também, além do relatório de produção do segundo trimestre da Vale, que sai hoje.

Também a Câmara deve votar nesta segunda-feira a MP que concede crédito para empresas pagarem folha salarial e pode votar ainda a Proposta de Emenda à Constituição 15/15, que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Na pesquisa Focus, mais cedo, o mercado projeta queda menor para o PIB deste ano de -6,10% para queda de 5,95% e, para 2021, segue em alta de 3,50%. A estimativa do mercado para IPCA deste ano segue em 1,72% e em 3,00% para 2021. Já a projeção para a Selic segue em 2,00% em 2020, e em 3,00% no ano que vem. No caso da taxa de câmbio, as estimativas permanecem em R$ 5,20 para fim de 2020 e, em R$ 5,00, para fim de 2021.

Às 9h34 desta segunda-feira, o dólar à vista caía 0,21%, a R$ 5,3693. O dólar futuro para agosto recuava 0,29%, a R$ 5,3725.

Por Silvana Rocha

Estadão Conteúdo

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