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Japão: Yuriko Koike, potencial sucessora de Shinzo Abe, vence eleição em Tóquio

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, foi reeleita para comandar a capital do país. Yuriko, 67 anos, foi a primeira mulher a chefiar Tóquio e ganhou apoio da população pela forma como lidou com a pandemia da covid-19, ainda que o recente aumento do número de infectados tenha elevado as preocupações sobre o avanço da doença. “A tarefa mais urgente são as medidas de combate ao coronavírus”, disse ela em discurso após o resultado das votações. “Agora é um momento muito importante para se preparar para uma possível segunda onda, e continuarei tomando medidas firmes neste sentido”.

Segundo a emissora pública japonesa NHK, 74% dos eleitores apoiavam Koike, com 63% dizendo que aprovaram sua gestão da crise do coronavírus. Os casos de covid-19 voltaram a crescer em Tóquio no fim de junho – 131 novas infecções foram confirmadas neste sábado, o terceiro dia consecutivo com mais de 100 novos casos. As infecções diárias também aumentaram nas últimas semanas em todo o país, para cerca de 19.645, incluindo 977 mortes.

Yuriko é vista como potencial candidata à sucessão do primeiro-ministro Shinzo Abe quando seu mandato terminar, em setembro de 2021. Por enquanto, ela diz estar focada em proteger a vida dos 14 milhões de moradores de Tóquio, cidade que movimenta US$ 1 trilhão. Ela também tentou ganhar a compreensão do público sobre uma versão mais simples das Olimpíadas de Tóquio, após o adiamento dos jogos neste ano.

Embora não tenha cumprido totalmente suas promessas do primeiro mandato, como aliviar o congestionamento nos trens, garantir a disponibilidade adequada de instalações para cuidados com crianças e idosos e acabar com o excesso de trabalho, Yuriko foi elogiada pelo trabalho frente à pandemia inclusive por críticos. Enquanto isso, o primeiro-ministro Abe foi criticado por fazer muito pouco e muito tarde, assim como pelo severo impacto da crise na economia.

Ex-apresentadora de TV, Koike ganhou o apelido de “Migratory Bird” (ave migratória), por mudar de partidos e formar novas alianças – ao menos sete vezes -, algo raro entre políticos japoneses, conhecidos por sua lealdade a ações de seu partido. Fonte: Associated Press.

Por AE

Estadão Conteúdo

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