Começa hoje (17) a segunda fase de seis programadas pela prefeitura do Rio de Janeiro para a reabertura das atividades econômicas da cidade, após as medidas restritivas impostas pela pandemia de covid-19. As medidas de isolamento e distanciamento social foram iniciadas em meados de março.
Nesta fase da flexibilização poderão ser abertos shoppings populares. Ontem, foi permitido o funcionamento do Mercadão de Madureira, um dos principais da zona norte da cidade. Os shoppings centers tiveram a autorização antecipada para quinta-feira passada (11).
Segundo o prefeito Marcelo Crivella, os locais terão que seguir todos os parâmetros de controle sanitário e distanciamento entre os clientes para poder reabrir. Também deverá ser feita a verificação de temperatura dos funcionários e clientes e os horários serão restritos de 9h às 17h.
A prefeitura informou que a reabertura gradual foi autorizada com base em índices como números de óbitos e quantidade de leitos disponíveis na rede pública de saúde.
As partidas de futebol poderão ocorrer sem a presença de público. O prefeito deve anunciar ainda hoje mais detalhes sobre a retomada do Campeonato Carioca de Futebol.
Lanchonetes, bares, restaurantes, quiosques e cafés podem funcionar com entregas e retiradas. O comércio ambulante legalizado está autorizado, mas não pode ocorrer na faixa de areia, nem nos calçadões da orla, bem como nas praças e parques. Feiras de arte e artesanato permanecem proibidas.
Podem ser retomadas as atividades nos escritórios de prestadores de serviços como contabilidade, publicidade, advocacia, tecnologia de informação, informática, comunicação, administração, imobiliária e aluguel de veículos, máquinas e equipamentos.
Consultórios e clínicas médicas e odontológicas, fisioterapeutas, clínica de imagem e congêneres podem funcionar com restrições, atendendo com agendamento e restrição do acesso de acompanhantes. Hotéis e hostels podem funcionar, mas os pontos turísticos permanecem fechados.
Ainda não está autorizada a abertura de lojas de rua, em locais como o de comércio popular como o Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega), no centro do Rio, nem das galerias e centros comerciais. Elas só devem voltar a abrir na terceira fase, programada para 2 de julho. A multa para o estabelecimento que desobedecer é de até R$ 50 mil.
O retorno das atividades nas academias de ginástica e salões de beleza também só ocorrerá na próxima etapa, podendo ser antecipado caso as curvas de contágio e número de óbitos diminuam. Escolas permanecem fechadas.
A prefeitura estabeleceu também, por meio de decreto, que as linhas de ônibus convencionais e do BRT voltem a operar com 100% da frota determinada a partir de hoje. A meta é garantir transporte para atender a demanda de passageiro que aumentará com a retomada das atividades comerciais.
Durante as restrições, as empresas foram autorizadas a circular com 40% da frota. Nessa retomada, devem ser respeitadas a redução da lotação de passageiros nos carros, higienização dos veículos, orientação sobre o novo coronavírus e uso de máscara pelo motorista.
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