Categories: Internacional

Regiões da Alemanha desafiam Berlim e querem desconfinamento total

Regiões do leste da Alemanha que registram baixas taxas de contágio pelo coronavírus estão desafiando os planos de desconfinamento gradual recomendados pelo governo da chanceler Angela Merkel e propondo uma volta completa das atividades. A decisão preocupa o restante do país de 83 milhões de habitantes.

A intenção declarada do governo regional da Turíngia, liderado pelo partido de esquerda Die Link, de suavizar as restrições e confiar na responsabilidade dos cidadãos ganhou apoio da região da Saxônia, controlada pelos conservadores.

Por sua vez, o governo alemão quer estender as medidas de distanciamento físico até 5 de julho, estimando que a pandemia de coronavírus seria reiniciada “muito rapidamente” na ausência de precauções, de acordo com informações de agências de notícias.

Preparado pela chancelaria, um documento que deve ser discutido com os 16 Estados do país planeja manter uma distância de pelo menos 1,5 metro entre as pessoas. Prevê até dez indivíduos ou duas famílias reunidas em espaços fechados ou públicos. O projeto de resolução do governo mantém a “obrigação de usar uma máscara em alguns locais públicos”.

No caso da Saxônia e da Turíngia, a ideia é deixar para trás medidas restritivas do início de junho. Isso não significa que o povo deveria “se abraçar e esquecer as regras do isolamento social”, mas sim confiar no comportamento individual da população, explicou o líder da Turíngia, Bodo Ramelow.

A Saxônia, governada por uma aliança entre conservadores, sociais-democratas e verdes, também planeja reduzir ao mínimo as limitações. As iniciativas dessas regiões contrastam com a norma vigente até agora na Alemanha, em que cada fase foi acordada entre o governo federal e regionais, que então implementam as medidas.

Houve variações importantes em termos de tempo e rigor na aplicação, embora isso seja considerado adequado ao sistema federalista alemão. A iniciativa lançada pela Turíngia coincide com a reativação do setor de turismo. Depois que a vida comercial já havia sido revivida nas semanas anteriores, as aulas foram retomadas gradualmente e os museus foram reabertos, entre outras atividades culturais. (Com agências internacionais).

Por Redação

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Leilão de PPP para 3 lotes da Sanepar tem início na B3 após imbróglio judicial

Começou no período da tarde desta sexta-feira, 20, na sede da B3, em São Paulo,…

15 minutos ago

CNC calcula mais de 1,3 milhão de pessoas inadimplentes devido a apostas em cassinos on-line

Mais de 1,3 milhão de brasileiros ficaram inadimplentes no primeiro semestre de 2024 devido a…

4 horas ago

BNDES aprova R$ 850 milhões para a empresa Vamos, de locação de caminhões e máquinas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta sexta-feira, 20, ter aprovado…

5 horas ago

FedEx decepciona em lucros ajustados e reduz projeção fiscal para 2025

A FedEx decepcionou investidores ao registrar lucros ajustados de US$ 3,60 por ação em vendas…

5 horas ago

Tentativas de fraude no e-commerce brasileiro sobem 66% em agosto, mostra Equifax BoaVista

As tentativas de fraudes no e-commerce brasileiro registraram um aumento de 66% no mês de…

5 horas ago

Em NY, alta cúpula do BB tem agenda de captação de recursos para projetos ambientais

A alta liderança do Banco do Brasil desembarcou nesta semana em Nova York para uma…

5 horas ago