O ministro da Saúde de França, Olivier Véran, garantiu hoje (29) levar “muito a sério” o aparecimento no país de casos de crianças com doença inflamatória grave, mas disse não haver ainda provas que a associem ao novo coronavírus.
As autoridades de saúde britânicas lançaram na segunda-feira (27) um alerta sobre um aumento do número de crianças com sintomas parecidos com a doença de Kawasaki, uma síndrome vascular que afeta crianças, cuja causa permanece desconhecida.
Foram também registrados casos na Itália, Espanha e Suíça, disse Véran, destacando ter recebido o alerta de Paris, onde foram detectadas 15 crianças, de todas as idades, com sintomas da doença.
“Têm febre, distúrbios digestivos e inflamação vascular generalizada, o que pode causar insuficiência cardíaca [mas] que eu saiba, felizmente nenhuma criança morreu dessas doenças raras”, afirmou o ministro.
Algumas dessas crianças “na França e na Inglaterra, mas não todas, provaram ser portadoras do coronavírus”, admitiu, reconhecendo que isso causa “uma certa preocupação e obriga a alguma vigilância”.
“Eu levo isso muito, muito a sério. Não temos absolutamente nenhuma explicação médica neste momento. Será que se trata de uma reação inflamatória que desencadeia uma doença preexistente em crianças infectadas com o vírus ou outra doença infecciosa? Há muitas perguntas” no ar.
Ele acrescentou que deseja “mobilizar a comunidade científica e de saúde da França e no estrangeiro para obter o máximo de dados possível que permitam verificar se há motivos para estabelecer uma ligação entre o coronavírus e esta condição” que surge em algumas crianças.
O ministro confirmou ainda a reabertura das escolas na França para o dia 11 de maio, lembrando ainda que, desde o início da pandemia, a doença teve pouco impacto nas crianças e que casos graves só se desenvolveram em crianças com doenças subjacentes.
Na terça-feira, as associações de pediatria do Reino Unido, da Itália e da Espanha pediram aos médicos que ficassem atentos a crianças que apresentem uma condição inflamatória rara porque a doença pode estar ligada ao novo coronavírus.
O primeiro alerta partiu, no início da semana, da Associação de Pediatras de Cuidados Intensivos do Reino Unido, mas foi, entretanto, secundada pela Associação Espanhola de Pediatria e pela Sociedade Italiana de Pediatras.
Segundo as autoridades do Reino Unido, “nas últimas três semanas houve um aumento aparente, em Londres e também em outras regiões do Reino Unido, do número de crianças de todas as idades com um estado inflamatório multissistêmico que requer cuidados intensivos”.
Segundo a Sociedade Britânica de Cuidados Intensivos Pediátricos, há “uma preocupação crescente” de que uma síndrome relacionada com a covid-19 esteja surgindo em crianças, consideradas, até agora, menos vulneráveis ao risco de desenvolver complicações ligadas ao novo coronavírus.
A covid-19 já provocou mais de 215 mil mortos e infectou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 840 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no fim de dezembro, em Wuhan, na China.
Os Estados Unidos têm o maior número de mortos (58.351) e mais casos de infecção confirmados (mais de um milhão).
Seguem-se Itália (27.359 mortos, mais de 201 mil casos), Espanha (23.822 mortos, perto de 211 mil casos), França (23.660 mortos, 169 mil casos) e Reino Unido (21.678 mortos, mais de 161 mil casos).
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