Categories: Economia

Mudar dieta pode ajudar a combater aquecimento global

A mudança dos hábitos alimentares pode ser uma importante arma individual na luta contra o aquecimento global. Uma dieta que contribua menos para as mudanças climáticas é a proposta do artigo publicado nesta semana pela Nature Food e assinada por cientistas que participaram do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Entre eles, está a professora Joana Portugal Pereira, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Segundo os cientistas, toda a cadeia global da produção de alimentos poderia ser mais sustentável, da produção ao consumo, passando pelo armazenamento e transporte. Essas atividades respondem por uma fatia considerável (entre 21% e 37%) do total de emissões.

O artigo destaca que as emissões de gases de efeito estufa não estão restritas à produção rural ou à criação de gado. Investir na eficiência cada vez maior nessas etapas da cadeia produtiva é importante, mas não é a única medida a ser adotada.

“Avaliando medidas de redução de gases estufa listadas, vimos que o potencial de redução na produção de alimentos é equivalente ao potencial de redução na demanda, cerca de 8 gigatoneladas”, diz Joana.

Para além das políticas públicas, a participação dos cidadãos é fundamental. “Para garantir a segurança alimentar de toda a população é essencial repensar nossos padrões de consumo e adotar dietas sustentáveis, equilibradas e saudáveis”, diz a professora do Programa de Planejamento Energético da Coppe. “Não é defender que se adote uma dieta vegetariana ou vegana, é uma postura mais moderada”, explica.

Em geral, a criação de gado contribui muito mais para a emissão dos gases de efeito estufa do que a produção agrícola. Por isso, quanto menos carne for consumida e quanto mais verduras, legumes e frutas fizerem parte da dieta, melhor para o meio ambiente.

Saúde

A pesquisadora lembra que 2 bilhões de pessoas no mundo são obesas. E o excesso de peso é responsável por problemas de saúde. “Repensar hábitos e ter equilíbrio na questão dos alimentos leva à redução de gases do efeito estufa, passando também por benefícios ao ecossistema e à saúde.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Roberta Jansen

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Reguladores e setor bancário dos EUA devem focar em riscos mais críticos, diz diretora do Fed

A turbulência bancária ocorrida no ano passado nos Estados Unidos ilustra claramente que supervisores e…

4 horas ago

ABBC diz que redução no teto do consignado INSS prejudica bancos de menor porte

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) afirma que as reduções do teto dos juros do…

17 horas ago

Governo enviará MP para flexibilizar lei de licitações em casos de calamidade, diz ministra

A ministra da Gestão, Esther Dweck, anunciou que o governo federal enviará uma Medida Provisória…

17 horas ago

AGU parabeniza 3 Poderes por ‘alto nível de diálogo interinstitucional’ sobre desoneração

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, comemorou na rede social X (antigo…

17 horas ago

Consulta pública para projeto rodoviário da Nova Raposo recebe quase 2 mil contribuições

A consulta pública do projeto da rodovia Nova Raposo, em São Paulo, contou ao todo…

17 horas ago

Susep suspende por 30 dias prazos de processos sancionadores para seguradoras do RS

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) aumentou prazos e suspendeu entregas de materiais regulatórios para…

18 horas ago