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China defende medidas adotadas contra o coronavírus

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, defendeu a abordagem do país no controle do surto de coronavírus que já deixou mais de 66 mil pessoas doentes e matou mais de 1.500. Neste sábado, foi informada a primeira morte por coronavírus fora da Ásia, na Europa. Um turista chinês de 80 anos morreu em Paris na sexta-feira. Uma equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaria à China neste fim de semana.

A Comissão Nacional de Saúde da China informou 2.641 novas infecções confirmadas no sábado. O número de novos casos relatados diariamente tem sido maior nos últimos três dias, desde que os critérios foram alterados para incluir pacientes diagnosticados por meios que incluem raio-X de pulmão, e não apenas exames laboratoriais. As novas mortes por coronavírus atingiram 143, o segundo maior total em um único dia – 107 em Wuhan, o epicentro do surto. O número total de mortes pelo vírus na China continental agora é de 1.523. Fora da China, foram confirmados casos em mais de 20 países. O turista chinês que morreu na França estava hospitalizado desde 25 de janeiro, segundo a ministra da Saúde francesa, Agnès Buzyn.

Autoridades chinesas garantiram de que o surto está sob controle e rejeitaram críticas de que estão subestimando o alcance da epidemia. “Desde o início, adotamos uma maneira muito aberta e transparente de divulgar informações”, disse o ministro das Relações Exteriores da China à Reuters na sexta-feira em Berlim. “A epidemia em geral está sob controle”, afirmou Wang, creditando ao presidente Xi Jinping a tomada de medidas fortes que incluem isolar efetivamente grande parte da província de Hubei – população quase 60 milhões – do restante do país.

Xi disse em uma reunião do Comitê Permanente do Politburo do Partido Comunista em 3 de fevereiro que já havia manifestado preocupação com a disseminação do vírus em 7 de janeiro. A transcrição do seu discurso em 3 de fevereiro, divulgada neste sábado pela revista do Partido Comunista Qiushi, também mostra que Xi ordenou em 22 de janeiro o bloqueio de Wuhan e da província circundante. “Não vejo outro país que possa fazer isso… Mas a China conseguiu fazer isso”, disse Wang na sexta-feira.

Autoridades reguladoras chinesas no sábado ofereceram garantias adicionais de que a inflação não vai disparar durante a epidemia, dizendo que os bancos seriam mais tolerantes com empréstimos ruins. Autoridades municipais de Pequim disseram na sexta-feira que as pessoas que retornam à capital depois de viajar devem ficar em casa por 14 dias. Fonte: Dow Jones Newswires.

Por AE

Estadão Conteúdo

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