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Presidente interina da Bolívia pede que todos seus ministros renunciem

A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, pediu a renúncia de todos os seus ministros neste domingo, 26, antes do início do registro de candidatos para as eleições de 3 de maio, para enfrentar uma “nova etapa” de seu governo. A presidente “decidiu pedir a renúncia de todos os ministros para enfrentar esse novo estágio da gestão da transição democrática”, disse uma declaração do secretariado da Presidência do país.

A medida foi definida como algo “habitual às vésperas do registro de candidatos” e que faz parte da participação de um processo eleitoral “livre, imparcial e transparente”. A nota também indica que Jeanine “completará ou ratificará sua equipe do governo no menor tempo possível” para continuar com a gestão do executivo interino. “A presidente concorda que sua candidatura não afetará sua intenção de trabalhar para todos os bolivianos buscando a paz e a estabilidade da Bolívia.

O comunicado foi divulgado pouco depois que a ministra da Comunicação, Roxana Lizárraga, anunciou sua renúncia devido a discrepâncias com a candidatura de Jeanine Áñez, a quem ela disse colocar o governo “a serviço de um grupo de políticos e um projeto de extensão” semelhante ao do ex-presidente Evo Morales.

Roxana expressou sua rejeição à decisão de Jeanine Áñez na última sexta-feira, 24, de concorrer às eleições presidenciais de 3 de maio, apesar do fato de que como governo de transição ele deveria convocar as eleições. A presidente interina disse que “no menor tempo possível” ratificará ou nomeará seus 20 ministros e prometeu que não haverá interferência de palácio a seu favor durante a próxima campanha eleitoral.

A presidente interina tem sido alvo de críticas por quebrar seu compromisso inicial de não concorrer à presidência. Além disso, existe a possibilidade de um Tribunal Constitucional ser consultado para considerar sua legalidade ou não.

Até segunda-feira, 3 de fevereiro, os partidos têm tempo para registrar seus candidatos no Supremo Tribunal Eleitoral. Uma eventual segunda rodada foi marcada para 14 de junho. (Com agências internacionais)

Por Redação

Estadão Conteúdo

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