Após uma escalada de tensão, depois que os EUA ordenaram a morte do general iraniano Qassim Suleimani, em ataque com drone em Bagdá, o presidente Donald Trump e seu colega iraquiano, Barham Saleh, concordaram ontem, em Davos, em manter a presença militar americana no Iraque.
“Os dois presidentes concordaram com a importância de continuar com a cooperação econômica e de segurança entre o Iraque e os Estados Unidos, até mesmo na guerra contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI)”, declarou ontem a Casa Branca, em comunicado.
As relações entre Bagdá e Washington se deterioraram após o assassinato do general iraniano. Pouco depois da morte, o Parlamento iraquiano aprovou resolução que determinava a saída imediata das tropas americanas do Iraque – os EUA mantêm por volta de 5 mil soldados no país.
Na ocasião, a resolução foi rejeitada pelo governo americano. Ontem, a Casa Branca “reafirmou o compromisso inabalável dos Estados Unidos de ter um Iraque soberano, estável e próspero”. Durante entrevista em Davos, na Suíça, ao lado de Saleh, no intervalo das reuniões do Fórum Econômico Mundial, o presidente americano disse que o Iraque está satisfeito com o trabalho das tropas dos EUA no país. “Eles gostam do que estamos fazendo e gostamos deles. Sempre tivemos um relacionamento muito bom”, disse Trump.
O presidente iraquiano afirmou que, apesar do acordo sobre a permanência dos soldados, é preciso que haja uma negociação paralela para a redução das tropas estrangeiras no solo iraquiano.
Trump afirmou que atualmente a presença americana no Iraque já é muito menor do que foi durante a ocupação, ocorrida entre 2003 e 2011, após a invasão que derrubou o ditador Saddam Hussein. “(Já) Reduzimos para 5 mil e reduziremos para um número muito mais baixo”, disse o presidente.
Feridos
O Exército dos EUA enviou do Iraque para a Alemanha 11 soldados americanos feridos nos ataques iranianos a bases do Iraque, no dia 8.
Inicialmente, Trump havia garantido que a ofensiva não tinha ferido ninguém. Ontem, o presidente minimizou os ferimentos. “Ouvi dizer que eles tiveram dores de cabeça, mas não é muito grave”, disse Trump. (com agências internacionais)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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