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Oposição afirma ter sido alvo de tiros na Venezuela

Deputados de oposição ao governo de Nicolás Maduro denunciaram nesta quarta-feira, 15, que foram atacados com tiros, paus, pés de cabra e pedras por grupos de milícias chavistas quando tentavam chegar à sede da Assembleia Nacional, em Caracas, onde participariam de uma sessão convocada pelo líder opositor, Juan Guaidó.

Os deputados disseram que seguiam em comboio até o local da sessão quando foram atacados. “Eles atiraram com armas. Há vídeos, há as janelas de uma van blindada destruídas. Denunciamos perante o mundo o cerco ao Parlamento”, declarou o deputado Carlos Prosperi, depois de escapar sem ferimentos dos ataques.

Sem conseguir chegar ao Legislativo, Guaidó presidiu uma sessão em um anfiteatro do bairro de El Hatillo, no leste de Caracas, enquanto a Assembleia Nacional Constituinte, composta apenas por chavistas e não reconhecida por parte da comunidade internacional, realizaria outra sessão na sede do Parlamento.

“Há um disparo na janela do motorista do meu veículo. É um atentado da ditadura”, disse Guaidó. A congressista Delsa Solórzano, que fazia parte do comboio atacado, também denunciou no Twitter que a caravana tinha sido alvejada.

Enquanto isso, o segundo vice-presidente do Parlamento, Carlos Berrizbeitia, denunciou a cumplicidade das forças policiais regulares, que teriam se aliado a civis armados, e pediu ao ministro da Defesa, Vladimir Padrino, uma explicação para o ataque.

“Padrino, esse uniforme que você veste pertence a todos os venezuelanos. Como você pode estar escondendo o fato de que terroristas estão atirando com armas de fogo?”, questionou Berrizbeitia. Segundo ele, integrantes da Polícia Nacional Bolivariana (PNB), da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e da contraespionagem militar (DGCIM) testemunharam os ataques de milicianos – e não fizeram nada para impedi-los.

Diosdado Cabello, chefe da Assembleia Constituinte, elogiou o ataque durante a sessão de ontem, chamando a oposição de “louca” e “acabada”. Os grupos de civis armados, que são chamados de “coletivos”, se dizem defensores da revolução bolivariana e são considerados paramilitares pela oposição. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

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