Cautela, precaução, prudência – é preciso dose tripla de prevenção na construção de conclusões que indiquem as causas da queda do Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines (UIA), minutos depois da decolagem no aeroporto de Teerã. A possibilidade de que o jato possa ter sido abatido por um míssil antiaéreo russo do sistema Tor-M1 esbarra até agora na falta de evidências técnicas. Autoridades americanas, canadenses e britânicas disseram nesta quinta-feira, 9, que a aeronave foi abatido por engano. Teerã nega.
A arma emprega uma ogiva de fragmentação de 15 kg – e as partes da fuselagem encontradas não exibem múltiplas perfurações. Os restos mortais dos 176 passageiros estão sendo removidos por especialistas em acidentes aéreos enviados pela Ucrânia. “Em casos como esse, os corpos falam”, lembrou nesta quinta-feira um experimentado perito brasileiro.
Mais que isso, desde esta quinta, as autoridades iranianas passaram a agir com transparência, e se mostraram dispostas a ceder as caixas-pretas do Boeing 737-800 para análise no Canadá ou na França.
A Guarda Revolucionária mantém ao menos três baterias de defesa aérea nos arredores de Teerã, mobilizando unidades móveis Tor-M1, S-400 e, desde o ano passado, o sistema Khordad 15, que foi construído no Irã. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Roberto Godoy
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