BRASÍLIA – A balança comercial brasileira teve, em 2019, o menor superávit desde 2015. O saldo ficou positivo em US$ 46,7 bilhões, 19,6% abaixo do registrado em 2018. Segundo o Ministério da Economia, o resultado é explicado pelas quedas tanto no valor das exportações quanto das importações.
No caso das exportações, a redução foi puxada pelo menor valor de vendas externas de produtos manufaturados. Automóveis, autopeças, veículos de carga e plataformas para extração de petróleo estão entre as maiores reduções, segundo a Secretaria de Comércio Exterior. O valor das exportações de manufaturados foi de US$ 77,4 bilhões, US$ 8,7 bilhões abaixo de 2018 e média diária menor em 11,1%.
Segundo a pasta, o aprofundamento da crise argentina foi um dos fatores que prejudicaram as exportações de manufaturados. O país vizinho é um dos principais mercados para automóveis e outros veículos. As vendas de manufaturados brasileiros para a Argentina tiveram redução de US$ 5,2 bilhões no ano passado.
Os semimanufaturados como couros, óleo de soja, açúcar e celulose também tiveram menor valor de exportação em 2019. Mesmo os produtos básicos como a soja tiveram desempenho pior que em 2018.
No caso da soja, um dos principais produtos da balança comercial brasileira, a queda no valor das exportações foi de US$ 6,7 bilhões, para US$ 26,3 bilhões em 2019. A média diária caiu 21,3% em relação a 2018. Segundo o governo, a crise da febre suína na China teve influência nesse resultado e não foi compensado pelo aumento na exportação de carnes.
Em todo o ano de 2019, as exportações somaram US$ 224 bilhões, registrando queda de 7,5% na comparação com a média diária de 2018. Já as importações chegaram a US$ 177,3 bilhões, com redução de 3,3% na média diária mesma comparação.
Na divulgação dos dados da balança comercial, o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, disse que o foco da agenda não passa pela obtenção de saldos, mas sim pela elevação da corrente de comércio – ou seja, do volume de exportações e importações somados.
“O foco da agenda de comércio do governo Jair Bolsonaro não passa pela obtenção de saldos comerciais”, disse o secretário. Segundo ele, o objetivo é ampliar o grau de integração da economia com o restante do mundo, contribuindo para a elevação da produtividade. “O foco é o aumento da corrente de comércio sobre o PIB (Produto Interno Bruto)”, disse.
Ferraz justificou, porém, que o comércio em todo o mundo tem crescido de forma mais lenta. Além disso, “choques de curto prazo” também afetaram o desempenho da balança comercial, como a crise argentina e a febre suína na China.
O secretário observou ainda que a piora no desempenho se deve muito mais à queda nos preços dos produtos do que à redução nas quantidades demandadas. No caso das exportações, a quantidade caiu 0,3%, enquanto o preço teve diminuição de 3,8%. Já nas importações, a variável preço encolheu 4,3%, enquanto as quantidades aumentaram 4,2%.
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