Gilberto Bara é um dos 1,6 milhão de CPFs registrados na Bolsa de Valores de São Paulo até dezembro de 2019. Ele começou a investir em 2011, com 20 anos de idade, concentrando seu montante em fundos de renda fixa. Este hábito lhe rendeu, dois anos depois, um intercâmbio. Desde 2016, de volta ao Brasil, Gilberto reiniciou os aportes, ainda com um perfil conservador. “Eu tinha cerca de 80% em produtos de renda fixa, 15% em fundos multimercado e 5% em ações”. Nos últimos anos, porém, a porcentagem mudou radicalmente.
“A chave virou pela rentabilidade maior que a renda variável proporciona. A queda dos juros me fez não considerar mais a renda fixa como investimento, mas como uma reserva importante”. Em 2019, no entanto, essa reserva foi investida em um novo negócio e, hoje, 100% do patrimônio de Gilberto que restou está na renda variável. “Tenho o desejo de investir para alcançar a independência financeira com cerca de 50 anos”, diz.
Já o advogado Eder Leite, de 37 anos, sempre teve um perfil mais arrojado e, nos últimos anos, a porcentagem de renda fixa em sua carteira diminuiu ainda mais. “Cheguei a ter de 30% a 40% em renda fixa. Hoje tenho de 10% a 15%. Com os juros em 14%, eu podia ter essa rentabilidade de uma forma conservadora”, diz. Ele conta que acompanha o mercado diariamente e faz aportes semanais. Os lucros obtidos, porém, ainda não são utilizados regularmente. “Não faço retiradas mensais para pagar contas, foco no futuro. Pelos meus cálculos, dentro de 5 anos posso viver disso”, afirma.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Talita Nascimento
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