Os investimentos em projetos estruturados de longo prazo (na modalidade de Project Finance) somaram R$ 38,3 bilhões no ano passado. O total representa avanço de 6,1% na comparação a 2018, de acordo com boletim da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
A maior parte do volume registrado vem de financiamentos via contratações de dívidas, que cresceram pelo quarto ano consecutivo e atingiram R$ 28,5 bilhões em 2019 – alta de 27,1% sobre 2018. Já os recursos de capital próprio usados pelas companhias nas operações caíram 28,3% em relação ao ano anterior, para R$ 9,8 bilhões.
Entre as dívidas contratadas, a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como fonte de financiamento diminuiu mais uma vez em 2019, para 37,9%. O movimento, entretanto, foi em menor escala na comparação aos anos anteriores: a redução verificada entre 2018 e 2019 foi de 2,7 pontos percentuais, enquanto de 2017 para 2018 havia sido de 32,6 pontos percentuais.
O Banco do Nordeste do Brasil (BNB), instituição que também é controlada pelo governo federal, segue aumentando sua participação: passou de 20,6% em 2018 para 26,3% em 2019. A utilização dos instrumentos do mercado de capitais nos financiamentos, que tinha crescido para 30,6% em 2018, concentrou 29,5% dos recursos de 2019.
Setores
Os projetos estruturados de longo prazo se concentraram em dois setores em 2019: energia elétrica e transporte e logística. O primeiro deles deteve 73,1% do total de investimentos, que equivalem a R$ 20,8 bilhões. Já o segundo ficou com participação de 26,9% (R$ 7,7 bilhões).
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