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Mercado prevê melhora no PIB e novo corte da taxa Selic

(Foto: Shutterstock)

A edição mais recente do Boletim Focus, do Banco Central (BC) divulgada nesta manhã de segunda-feira (3), voltou a indicar uma melhora das expectativas do sistema financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB). A projeção para 2020 agora é de uma retração de 5,66%. Ainda não é um número positivo, mas melhor do que a queda de 5,77% da edição anterior. Para comparar, a estimativa há quatro semanas era de uma retração de 6,50%. Ou seja, em quatro semanas o prognóstico melhorou em 0,84 ponto percentual. Pode parecer pouco, mas são R$ 61,32 bilhões a mais em circulação na economia, considerando-se os números de 2019.

Além disso, agosto começa com uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que deve sancionar a expectativas e as declarações das autoridades do BC, que vêm indicando uma queda “residual” dos juros. A reunião, que começa na terça (4) e acaba na quarta (5) deve reduzir a taxa referencial Selic para 2% ao ano, patamar em que ela deverá permanecer até o fim deste ano. Apesar de os juros baixos não serem uma novidade, seu efeito sobre os investimentos é cumulativo. Mais e mais investidores se convencem de que vale a pena correr um pouco mais de riscos para manter a rentabilidade de seus investimentos.

Os resultados recentes de indicadores mostram que a economia está se normalizando. Na sexta-feira (31), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o número de brasileiros em home office caiu em julho, pela primeira vez desde o início da pandemia. O número de pessoas ocupadas que trabalhavam de forma remota recuou para 8,2 milhões na segunda semana de julho, ante 8,9 milhões na semana anterior. Isso significa que cerca de 700 mil pessoas retornaram ao trabalho presencial com a flexibilização das medidas de distanciamento social, o que mostra uma normalização da economia.

No mercado externo, o dia começa com a continuidade das discussões no Congresso americano sobre o pacote de ajuda de US$ 1 trilhão para os Estados Unidos e com o acompanhamento das notícias sobre a pandemia.

Indicadores

A inflação no varejo voltou a cair. O Índice de Preços ao Consumidor – Semana (IPC-S) de 31 de julho de 2020 variou 0,49%, ficando 0,04 ponto percentual abaixo da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 1,04% no ano e de 2,40% nos últimos 12 meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na manhã desta segunda-feira (3). Isso indica uma grande diferença com a inflação no atacado. No dia 30 de julho, a FGV havia informado que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de julho havia registrado uma inflação de 2,23%. Com isso, a inflação acumulada segundo o IGP-M acumula alta de 6,71% no ano e de 9,27% em 12 meses.

O primeiro pregão da semana começa com um movimento de alta nos pregões internacionais, que se reflete nos contratos futuros do índice americano S&P 500 e nos contratos futuros do Ibovespa.

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