O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira, 22, que a autoridade monetária tem tentado ser transparente sobre as discussões para o limite mínimo para a taxa Selic, atualmente em 2,25% ao ano. Ele garantiu que a instituição não abandonou em nenhum momento a meta de inflação.
“Tivemos um choque grande. Temos que adaptar o horizonte (relevante para a inflação) e temos comunicado isso. Temos que identificar o remédio, e não há constrangimento em utilizar. Precisamos determinar a dose do remédio. Você pode ter um movimento de juros e obter o efeito contrário em termos de condições financeiras”, afirmou, em videoconferência organizada pelo jornal Valor Econômico.
Segundo o presidente do BC, o componente das reformas econômicas segue importante para a política monetária, assim como a evolução das taxa de juros estruturais internacionais. “Também várias mudanças estruturais na parte de captação do sistema financeiro que estão ligadas à taxa de juros”, completou, citando a captação recorde nas cadernetas de poupança.
Por Eduardo Rodrigues e Fabrício de Castro
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