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Taxas do Tesouro Direto sobem com risco fiscal por PEC dos precatórios

O agravamento do risco fiscal do País impulsiona as taxas dos títulos do Tesouro Direto (Foto: Shutterstock)

A maioria das taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto exibiam viés de alta nesta segunda-feira (9), acompanhando o movimento dos juros futuros e a valorização do dólar ante o real.

O temor com a situação fiscal brasileira se agrava em meio à discussão em torno da PEC dos precatórios, que tem como objetivo parcelar as dívidas do governo para viabilizar um aumento do valor do Bolsa Família, e abre caminho para a alta das taxas de juros. Para os investidores, pesa ainda a perspectiva de inflação mais alta, amparada pelos resultados do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), que subiu a 0,97% na primeira quadrissemana de agosto, e do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 0,11% em junho para 1,45% em julho.

No exterior, os mercados seguem receosos com a disseminação da variante Delta do coronavírus, e o preço do petróleo continua em queda, prejudicando moedas de países exportadores da commodity e intensificando a desvalorização do real frente o dólar.

Além disso, o Relatório de Mercado Focus elevou suas projeções para a inflação em 2021, de 6,79% para 6,88%, se distanciando ainda mais do teto da meta, e para a taxa Selic ao final do ano, de 7% para 7,25% ao ano.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 subia a 9,18% ao ano, de 9,15% na sexta-feira (6). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 9,47%, ante 9,45% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,22%, ante taxa de IPCA mais 4,23% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 subia a IPCA mais 4,43% ao ano, em comparação com IPCA mais 4,41% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta segunda-feira:

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