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Eletros prevê crescimento de 5% a 10% das vendas de eletrodomésticos em 2025

A indústria de eletrodomésticos prevê crescimento de 5%, no cenário mais conservador, a algo entre 8% e 10% neste ano. As projeções foram divulgadas nesta segunda-feira, 17, pela Eletros, entidade representativa do setor, e levam em conta os juros mais altos, além do impacto cambial no custo de produção, já que as fábricas dependem muito de peças importadas.

Em 2024, a indústria de eletrodomésticos teve o seu melhor desempenho da última década, com vendas ao varejo que subiram 29%, para 117,7 milhões de unidades comercializadas.

Os números foram apresentados na tarde desta segunda-feira em reunião fechada entre a Eletros e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

As projeções da Eletros para 2025 indicam um crescimento entre 8% e 10% no cenário mais otimista. Em uma visão mais conservadora, o prognóstico é de um avanço médio de 5%.

“O cenário macroeconômico será decisivo para esses resultados. Temos desafios importantes, como o controle da inflação, a redução das taxas de juros e a estabilidade cambial, já que a variação do dólar impacta os custos de produção. Além disso, o fortalecimento da geração de empregos e ajustes finos nas políticas industriais serão essenciais”, comentou o presidente executivo da Eletros, Jorge Nascimento.

O crescimento do setor no ano passado, conforme avaliação da entidade, foi impulsionado por um cenário econômico favorável ao consumo, especialmente no primeiro semestre. A associação aponta entre as variáveis que favoreceram as vendas de eletrodomésticos o aumento dos empregos e a expansão do crédito.

Além disso, ondas de calor ajudaram a impulsionar as vendas de produtos como ar condicionado, que, com crescimento de 38%, teve seu melhor desempenho histórico, e ventiladores. Outro fator relevante, acrescenta a Eletros, foram as trocas de lavadoras, refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado por modelos mais modernos e econômicos.

“O setor teve um ano de grande retomada e superação. Os resultados alcançados, ainda que influenciados por diversos fatores, como o econômico e o climático, mostram a força da indústria nacional, sua capacidade de atender à demanda e corresponder às expectativas do consumidor, que busca produtos cada vez mais modernos, eficientes e acessíveis”, afirmou Jorge Nascimento.

Por Eduardo Laguna

Estadão Conteúdo

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