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BNDES vai estruturar PPP de hidrovias nos rios Tapajós e Tocantins

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) assinaram nesta segunda-feira, 17, um contrato para a estruturação do projeto de parceria para investimento e administração das hidrovias dos rios Tapajós e Tocantins. As hidrovias somam 2.400 km de extensão de vias navegáveis.

De acordo com o BNDES, o projeto tem como objetivo viabilizar investimentos para ampliação de capacidade, dragagens de manutenção, sinalização, monitoramento e incremento da segurança da navegação, transformando o que atualmente são rios navegáveis em hidrovias de fato.

“Ambos os rios enfrentam desafios comuns, como a necessidade de investimentos em dragagem e sinalização, especialmente em épocas de seca, conferindo perenidade para navegação ao longo do ano e um serviço de maior qualidade aos usuários transportadores de cargas”, explicou o banco de fomento em nota. A parceria tem potencial para elevar em até 10 vezes volume movimentado de cargas, informou.

As duas hidrovias estão entre os seis “Trechos Hidroviários Estratégicos” definidos no Plano Geral de Outorgas (PGO) da ANTAQ, sendo priorizadas pela política pública federal com base em critérios como o volume atual de transporte e o potencial de crescimento.

A Hidrovia do Tapajós (650 km) é estratégica para a transferência de granéis sólidos vegetais oriundos principalmente do Mato Grosso, que seguem para transbordo em instalações portuárias aptas ao transporte marítimo em Santarém (PA), Santana (AP) ou Barcarena (PA).

A Hidrovia do rio Tocantins (1750 km) conecta o Centro-Oeste do Brasil ao Oceano Atlântico. Atualmente, a navegação de grande porte ocorre predominantemente entre o Porto de Vila do Conde (PA) e a foz do rio. O trecho entre Marabá (PA) e Barcarena (PA) também apresenta atividade de navegação comercial

“A maior utilização das hidrovias viabiliza o transporte de grandes volumes de carga de forma eficiente e com menor impacto ambiental em comparação ao transporte rodoviário. Além de reduzir as emissões de CO2, promovem o desenvolvimento regional, ao facilitar o escoamento da produção agrícola, mineral e industrial da região, gerando empregos e renda para a população”, explica o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa.

Por Juliana Garçon

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Estadão Conteúdo

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