O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) procurou o ex-presidente Michel Temer (MDB) em busca de conselhos para conseguir se eleger presidente da Câmara Municipal de São Paulo e de ajuda para retomar o diálogo com o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Rubinho rompeu com o chefe do Executivo municipal na eleição para apoiar a candidatura de Pablo Marçal (PRTB). Após ser reeleito, Nunes disse que apoiaria um candidato do União Brasil para suceder a Milton Leite (União) no comando do Legislativo a partir de 2025, mas vetou expressamente o nome de Rubinho em entrevista ao Estadão.
“A presidência da Câmara deve ser construída através de pacificação e diálogo. O presidente Temer é uma das pessoas mais experientes do Brasil, pacificador e um grande construtor de pontes. Justamente por isso busquei seus conselhos e sabedoria, pois acredito que São Paulo necessite de um ambiente estável, com diálogo amplo”, disse Rubinho Nunes ao Estadão.
O encontro foi publicado pelo Metrópoles e confirmado pelo Estadão. Rubinho tem boa relação com Temer desde que o emedebista era presidente da República. Antes de se tornar vereador da capital paulista, Rubinho foi candidato a vice-prefeito de Vinhedo (SP) pelo MDB.
Temer relatou a Nunes em uma reunião na quarta-feira, 18, que o vereador lhe pediu ajuda para restabelecer a relação entre os dois, conforme pessoas próximas do ex-presidente e do prefeito disseram ao Estadão. Temer teria dito ainda que aconselhou Rubinho a dar mostras de que realmente deseja reconstruir pontes com o prefeito.
Após a conversa, Nunes declarou a aliados que o veto a Rubinho está mantido. Dessa forma, a 11 dias dos novos vereadores tomarem posse, permanece o impasse sobre quem comandará a Câmara Municipal a partir do próximo ano. Há um acordo para que seja um parlamentar do União Brasil. Os demais partidos concordam, mas querem que não seja um vereador de primeiro mandato.
Apenas Rubinho e Ricardo Teixeira (União) se enquadram na exigência. Rubinho tem o veto do prefeito, enquanto Teixeira enfrenta a oposição de Milton Leite, que nos bastidores trabalha para que Silvão Leite (União), seu ex-chefe de gabinete e recém-eleito pela primeira vez, assuma o posto. Publicamente, Milton não expressa preferência e tem dito que qualquer vereador do partido pode ser o próximo presidente da Casa.
Por Pedro Augusto Figueiredo
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