A Embraer anunciou na segunda-feira, 16, a venda de 12 aeronaves A-29N Super Tucano para o Estado Maior da Força Aérea (Emfa) de Portugal por 200 milhões (R$ 1,27 bilhão), valor anunciado em julho deste ano pelo conselho de ministros do país lusitano. A assinatura do contrato ocorreu na sede da Ogma, uma subsidiária da Embraer no país europeu.
Portugal é o primeiro cliente desse novo modelo. Trata-se de uma variante da aeronave de treinamento avançado de piloto e ataque leve, e que pode ser usada ainda em apoio aéreo tático, de inteligência, vigilância e reconhecimento, segundo a Embraer.
Segundo comunicado do governo de Portugal, por ora, as aeronaves serão usadas para formação de pilotos, depois, estarão à disposição de iniciativas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
“A aeronave A-29N Super Tucano cumpre com os requisitos operacionais e logísticos definidos pela Força Aérea para satisfazer as missões de apoio aéreo próximo para operações conjuntas e ou combinadas, garantindo a proteção armada às Forças no terreno e permitindo a sua integração na força de reação imediata ou forças nacionais destacadas em cenários de baixa ameaça, em teatros de operação remotos no continente africano, integrados no espaço estratégico de interesse nacional conjuntural, onde a ameaça é, maioritariamente, assimétrica”, informa a nota da Emfa.
Segundo a Embraer, essa nova versão do Super Tucano incorpora aviônicos (equipamentos eletrônicos a bordo) avançados e sistemas de comunicações específicos da Otan. “Com esta compra, Portugal se torna a primeira nação a operar o A-29N, tomando a dianteira na adoção de uma plataforma extremamente capaz, projetada para apoiar uma ampla gama de modernas missões de defesa”, diz a empresa.
O Super Tucano
A Embraer afirma que o A-29 Super Tucano é uma aeronave multimissão, equipada com tecnologia capaz de realizar identificação precisa de alvos, e é dotada de sistemas de armas e um conjunto abrangente de comunicações.
Ele pode decolar e pousar em pistas não pavimentadas e, segundo a empresa, é “líder global em sua categoria, com mais de 260 aeronaves encomendadas, com mais de 570.000 horas de voo acumuladas, sendo 60.000 delas em combate”.
Segundo a nota da Força Aérea de Portugal, o desenvolvimento do aparelho teve envolvimento da indústria nacional e atende a requisitos técnicos, operacionais e de certificação a serem definidos pela Força Aérea, contribuindo com a modernização da Aeronáutica.
“Reforçando a posição de Portugal no setor aeronáutico internacional e representando uma alavanca da estratégia de desenvolvimento da base tecnológica e industrial de defesa”, dizem os portugueses.
Por Redação O Estado de S. Paulo
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